A JSL, companhia de logística que faz parte da holding Simpar, registrou lucro líquido ajustado foi de R$ 35,7 milhões no quarto trimestre de 2024, informou a empresa no balanço de resultados divulgado na noite desta segunda-feira, 24. O resultado representa queda de 56,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando a empresa reportou lucro líquido ajustado de R$ 82,2 milhões.
A empresa justificou a queda destacando que “o resultado do 4T23 foi beneficiado pelo efeito de JSCP do ano e pelo benefício tributário de subvenção sobre investimentos existente à época”.
“Esses impactos foram parcialmente compensados pela redução do spread da dívida de 0,5 ponto percentual (p.p.) observada ao longo de 2024 somada a um CDI médio ligeiramente inferior na comparação anual”, acrescentou a empresa. Esse cenário, argumenta a JSL, permitiu controlar o decréscimo no lucro líquido ajustado anual, que somou R$ 190,1 milhões, queda de 10,7% em relação a 2023, quando o mesmo indicador somou R$ 212,7 milhões.
Por outro lado, a companhia destacou a execução do planejamento estratégico que vem sem colocado em prática desde 2020, quando a empresa realizou sua oferta inicial de ações. “A receita bruta cresceu 3x em relação a 2020, enquanto o Ebitda cresceu 4x e a margem se expandiu em 3,2 p.p”, afirmou a empresa.
“Em relação aos nossos serviços, observamos desempenho robusto em todos os segmentos, com crescimento de 31% em distribuição urbana, 26% em armazenagem, 17% em operações dedicadas e 11% em transporte de cargas. Além disso, as aquisições estratégicas continuam ampliando nossa presença em setores chave da economia, como e-commerce, combustíveis e químicos”, informou a companhia.
Entre outubro e dezembro de 2024, a empresa somou R$ 2,4 bilhões de receita líquida de serviços, aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2023. Em 2024, a receita líquida foi de R$ 9,1 bilhões, aumento de 20% em relação ao ano anterior, com efeito da consolidação da IC Transportes e FSJ Logística.
O Ebitda ajustado no 4T24 atingiu R$ 430 milhões com margem de 18%, alta de 3,5% em relação ao 4T23; a margem, por outro lado, registrou queda de 2.2 pontos percentuais. (17,8% contra 20,1%).
“Tivemos impacto de inflação no preço de alguns insumos (como peças e pneus), o que causou um aumento nos custos e pressionou a rentabilidade de alguns contratos. Os mecanismos contratuais nos protegem de variações maiores nos custos de insumos no geral, e, portanto, devemos observar uma recomposição nas margens destes projetos ao longo dos próximos meses”, afirmou a companhia.
A empresa fechou o exercício fiscal com Ebitda ajustado de R$ 1,7 bilhão, com margem mantida no patamar de 19,4% e crescimento de 15,8% na comparação com 2023.
Para 2025, a empresa ressaltou que fechou novos contratos totalizando R$ 886 milhões no último trimestre do ano passado, com prazo médio de 49 meses, que devem adicionar receita média mensal de R$ 18 milhões.
“No acumulado do ano, foram fechados R$ 5,4 bilhões em novos contratos que sustentarão nosso ritmo de crescimento nos próximos trimestres”, projetou a JSL.
