A Cosan registrou prejuízo líquido de R$ 9,297 bilhões no quarto trimestre de 2024, revertendo lucro líquido de R$ 2,362 bilhões apurado em igual período de 2023. No ano, a companhia teve prejuízo líquido de R$ 9,424 bilhões, frente a um lucro de R$ 1,094 bilhão em 2023.
De acordo com a Cosan, o resultado de outubro a dezembro foi afetado, principalmente, pelo impairment do investimento em Vale e pela provisão relacionada a expectativa de realização de Imposto de Renda e CSLL diferidos.
A Cosan divulgou nesta segunda-feira os resultados financeiros de 2024, acompanhados do parecer de auditores independentes. Ainda segundo a empresa, os números não apresentaram quaisquer modificações em relação às informações financeiras não auditadas divulgadas no dia 26 de fevereiro.
O Ebitda consolidado ficou negativo em R$ 1,679 bilhão no último trimestre de 2024, com margem Ebitda também negativa em 14%, ante resultado positivo de R$ 4,858 bilhões um ano antes. No ano, o indicador ficou em R$ 7,647 bilhões, com margem de 17%.
Já o Ebitda sob gestão, que leva em conta os resultados das investidas controladas e co-controlada, sendo Rumo, Compass, Moove, Radar e Raízen, ajustados por efeitos não recorrentes, quando aplicável, foi de R$ 7,585 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, queda de 16% ante igual intervalo de 2023. No indicador anual, o resultado ficou 6% abaixo, chegando a R$ 30,064 bilhões.
A receita operacional líquida da Cosan atingiu R$ 11,768 bilhões no critério consolidado no quarto trimestre de 2024, alta de 24% sobre o mesmo trimestre de 2023. No ano, a receita alcançou R$ 43,951, 11% acima de 2023.
O resultado financeiro líquido no último trimestre de 2024 foi de R$ 2,2 bilhões ante um resultado positivo de R$ 26 milhões no quarto período de 2023. Tal variação é explicada pela Cosan pelo aumento do custo da dívida, derivado das taxas de juros mais altas. Em 2024, o resultado financeiro líquido foi R$ 5,2 bilhões, R$ 842 milhões acima do ano anterior em razão da marcação a mercado do Total Return Swap.
A dívida bruta corporativa, ao final do período, foi de R$ 27,8 bilhões. O aumento de R$ 3,6 bilhões em relação ao trimestre imediatamente anterior é explicado, principalmente, pela emissão das 11ª debêntures, ao incremento na taxa básica de juros e à desvalorização do real frente ao dólar, segundo a companhia. O custo médio de dívida foi de CDI +1,37% para CDI +1,40%, em linha com trimestre anterior e refletindo o comportamento da curva de juros no período.
Já a dívida líquida (corporativo) foi para R$ 23,462 bilhões no quarto trimestre de 2024, R$ 1,753 bilhão maior do que o registrado no trimestre anterior. A alavancagem, ajustada pelos efeitos pontuais dos impairments de Vale e Rumo, encerrou o trimestre em 2,9 vezes, 0,3 p.p maior do que no intervalo entre julho e setembro, pela queda no Ebitda acumulado dos últimos doze meses e aumento da dívida líquida.
