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Petróleo e Gás

Compass: projetos de biometano e GNL devem se destacar em 2025

Empresa também sinalizou que continuará focando na disciplina de capital, avaliou Itaú BBA

Investimentos da Compass totalizaram R$ 2,2 bilhões em 2024 (foto: Adobe Stock)

Após registrar lucro líquido de R$ 2,17 bilhões em 2024 (alta de 9% em relação a 2023), a Compass planeja repetir o desempenho neste ano, em função dos retornos esperados a partir dos investimentos realizados nos projetos de biometano e de gás natural leve (GNL), tocados pela Edge, subsidiária responsável divisão pela de Marketing & Serviços da companhia.

“Nosso guidance para 2025 é muito parecido com o que a gente realizou no ano de 2024. Temos o projeto da One Bio, para o biometano, e temos também o projeto do GNL B2B, ambos previstos para o segundo semestre para o início da operação. São projetos importantes na escalada e na estratégia da Edge, de conseguir cada vez mais levar o gás para clientes que estão off-grid e nas indústrias que estão dentro de um raio até mil quilômetros do terminal. No biometano, ainda tem bastante coisa para acontecer”, afirmou o CFO e diretor de Relações com Investidores da Compass, Marcos Fernandes, durante a apresentação de resultados da empresa.

No ano passado, os investimentos da empresa totalizaram R$ 2,2 bilhões — além dos projetos de biometano e GNL, a companhia destaca o investimento realizado no Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), localizado no Porto de Santos, que tem capacidade de regaseificação nominal licenciada de 14 milhões de m³/dia e capacidade de armazenamento de 150.000 m³. “Dentro do nosso portfólio, são investimentos que trazem bastante retorno para a gente e estão alinhados com a nossa priorização de capex. Agora é seguir tocando, está tudo dentro do cronograma”, afirmou o executivo.

O CFO da Compass também reforçou a importância do segmento de distribuição. “A gente conseguiu conectar mais de 186 mil novos clientes, ampliar as redes residenciais e comerciais, que também monetizam bastante a nossa nossa base”, disse. No release contendo os números do quatro trimestre e os resultados consolidados do ano passao, a empresa indicou que encerrou o período com 2,9 milhões de clientes (crescimento de 8% frente a 2023) e rede de distribuição com 27 mil quilômetros de extensão (expansão de 9% em relação ao ano anterior).

O otimismo com a Edge é reflexo dos resultados obtidos no ano de 2024: a subsidiária somou um Ebitda de R$ 615 milhões, alta de 52% quando comparado com
2023, resultado do crescimento da entrega de gás natural, operação que deve registrar forte crescimento em 2025.

Resultados

Além do lucro líquido de R$ 2,17 bilhões em 2024, a Compass registrou receita operacional líquida de R$ 18,383 bilhões no ano passado, alta de 3% na comparação com 2023. O Ebitda anual foi de R$ 5 bilhões, aumento de 17% quando comparado com 2023, impactado pelo início de operação do TRSP, melhora de volumes do segmento de distribuição e por efeitos não recorrentes.

Na avaliação do Itaú BBA, os resultados da companhia ficaram 6% acima das estimativas dos analistas do banco e 12% acima do consenso do mercado. “O resultado positivo veio principalmente do segmento de Marketing e Serviços, que registrou um aumento de 63% no Ebitda em relação ao trimestre anterior”, destacou o banco em relatório.

“A empresa atingiu tanto o guidance de Ebitda quanto de capex para 2024 e anunciou guidance para 2025 com aumento do Ebitda e manutenção do capex, sinalizando a continuidade do foco da empresa na disciplina de capital”, afirmaram Monique Martins Greco Natal, Bruna Amorim e Eric de Mello, analistas do time de Petróleo, Gás e Petroquímica do Itaú BBA.

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