Após concluir a integração dos ativos da Laureate, comprados em 2021, a Ânima Educação quer agora iniciar uma nova agenda de crescimento e dobrar o tamanho da empresa no médio prazo, disse a diretora-presidente da companhia, Paula Harraca, ao Estadão/Broadcast.
Segundo a executiva, a companhia está vivendo um “ano da virada”, após reverter períodos de queda na base de alunos e ajustes para diminuir o endividamento para 2,4 vezes a relação entre dívida líquida e o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês).
Além disso, a executiva vê um cenário positivo em 2026, uma vez que a empresa já vinha adotado como estratégia ter mais aulas presenciais e síncronas pelo menos desde 2018. Isso confere vantagem num cenário em que suas principais concorrentes precisam se ajustar para atender às exigências do novo ensino a distância (EaD).
Para ela, enquanto grupos que tinham como estratégia o crescimento em cursos totalmente na modalidade EaD agora precisam fechar e readequar polos, a Ânima poderá avançar com parcerias em unidades acadêmicas chamadas “Smart Campus”, em locais previamente mapeados pelo grupo e com potencial econômico e demográfico para receber novas unidades.
Segundo Harraca, entre os parceiros que gerem esses polos, 80% já demonstraram interesse em abrir novas unidades para oferecer ensino híbrido já no primeiro semestre do ao que vem. “Esse modelo permite a expansão para territórios mapeados com base em critérios como demografia, crescimento econômico, potencial de penetração e cenário competitivo”, disse.
