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Varejo

Família Diniz vende participação no Carrefour Brasil

Península Partners detinha 4,906% do capital social da companhia

Península era a principal acionista minoritária do Carrefour Brasil (foto: Adobe Stock)

O Grupo Carrefour Brasil informou nesta segunda-feira, 14, que os fundos de investimento sob gestão da Península — empresa de gestão de ativos da família Diniz — alienaram a totalidade das ações de emissão da companhia que detinham até esta data. A companhia era a principal acionista minoritária da subsidiária brasileira da multinacional francesa e respondia por 4,906% do capital social do Carrefour.

“A decisão considerou o atual cenário global, a revisão de preços e o feedback positivo do mercado na condução da operação pelo Carrefour, que teve ampla aceitação do mercado”, afirmou ao Estadão RI uma fonte próxima ao negócio. A venda da participação marca mudança na postura da Península: a princípio, a gestora de ativos havia dito que converteria todas as suas ações brasileiras em ações do Grupo Carrefour francês.

“A Península está convencida de que a transação criará valor para todas as partes interessadas”, afirmou o Carrefour em comunicado divulgado no dia 11 de fevereiro. Procurada pela reportagem, o fundo de gestão disse que não iria comentar a decisão.

Ao longo dos meses, no entanto, os acionistas minoritários expressaram publicamente sua rejeição ao valor de R$ 7,70 por ação proposto pela matriz. No começo de abril, o grupo francês aumentou o valor de resgate por ação para R$ 8,50. O valor da transação não foi informado por nenhuma das duas empresas.

Há duas semanas, a Península havia anunciado uma reorganização societária, na qual o fundo de investimento Península II (FIP) deixou de estar sob gestão da empresa e passou a deter 2,4% do capital social da rede varejista. A decisão foi tomada pois o FIP, que é controlado pelo GIC, o fundo soberano de Cingapura, também estaria interessado em vender sua participação na empresa e receber o valor em dinheiro.

Segundo fato relevante enviado pela rede varejista à Comissão de Valores Mobiliários, o acordo de acionistas, aditado na semana passada, foi automaticamente rescindido e deixou de produzir quaisquer efeitos em relação às ações de emissão da companhia.

“A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre os fatos subsequentes relacionados ao tema descrito acima, de acordo com a legislação e regulamentação da CVM”, afirmou o Carrefour Brasil.

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