Menu

Papel e Celulose

Suzano tem Ebitda acima do esperado no 4T24, diz Safra

Fluxo de caixa livre de 22%, superando o esperado, também foi destaque

Suzano teve prejuízo líquido de R$ 6,737 bi no 4T24 (foto: Adobe Stock)

O Safra considerou positivo o balanço da Suzano referente ao quarto trimestre de 2024. O destaque foi o fluxo de caixa livre de 22%, superando o esperado, e as fortes remessas e bons níveis de custo da celulose. Já o Ebitda comparável ficou 2% acima da estimativa do banco, chegando a R$ 6,5 bilhões.

“Os resultados superaram nossas estimativas devido a maiores remessas de celulose e menores despesas operacionais, que compensaram o maior custo de produto vendido (COGS) em dinheiro por tonelada para celulose e papel, enquanto os preços realizados ficaram relativamente em linha com nossos números”, diz o analista Ricardo Monegaglia.

Para 2025, o Safra vê incertezas no primeiro trimestre. “Nossas principais dúvidas são as remessas de celulose, pois, por um lado, o Cerrado contribuirá com volumes adicionais, mas, por outro, haverá mais capacidade da Suzano parando para trabalhos de manutenção e a demanda é sazonalmente pior”, defende Monegaglia.

Espera-se que os preços da celulose branqueada de fibra curta crescerão na China, mas com aumento nos custos das paradas de manutenção e as vendas de papel diminuirão. Outra preocupação do Safra são as fusões e aquisições, porém a aquisição de material já não gera pessimismo no futuro próximo. A depreciação do real em relação ao dólar afetou negativamente a dívida líquida, que aumentou para R$ 79 bilhões, também impactada pela aquisição da Pactiv.

Prejuízo

O prejuízo líquido da Suzano foi de R$ 6,737 bilhões no quarto trimestre de 2024, o que reverte lucro de R$ 4,515 bilhões no mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado foi de R$ 6,481 bilhões, com alta de 44% em relação ao visto um ano antes. Já a receita líquida foi de R$ 14,177 bilhões, alta de 37% na comparação anual.

A empresa explica que a variação do prejuízo em comparação ao lucro de um ano antes é explicada pela variação negativa no resultado financeiro, fruto resultado da desvalorização cambial sobre a dívida e sobre as operações com derivativos.

Esse efeito foi somado à valorização cambial observada no quarto trimestre de 2023. Além disso, a elevação do Custo do Produto Vendido (CPV) e das despesas comerciais, gerais e administrativas (SG&A, na sigla em inglês) também influenciaram o resultado.

“Os fatores mencionados foram parcialmente compensados pelo montante positivo do IR/CSLL diferido (em oposição ao valor negativo do quarto trimestre de 2024, quando do resultado positivo de variação cambial sobre dívida e marcação a mercado dos derivativos) e pela elevação na receita líquida”, complementa a companhia.

A alta do Ebitda, por sua vez, foi resultado, segundo a companhia, da valorização do dólar médio em relação ao real médio e do maior volume de vendas em celulose e em papel.

“Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo maior CPV base-caixa, por sua vez relacionado a nova operação da Suzano Packaging US, e ao maior impacto das paradas programadas e maiores custos logísticos e maior SG&A. O Ebitda ajustado por tonelada teve um aumento de 22% devido aos mesmo motivos, ex-volume”, afirmou a companhia.

Já a elevação de 37% da receita líquida consolidada em relação ao mesmo período de 2023 é explicada principalmente pela valorização do dólar médio em relação ao real médio e pelo maior volume vendido de celulose.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:

Veja mais notícias de Empresas