A Gol divulgou seu relatório operacional mensal contendo informações financeiras do período de 1º a 30 de novembro de 2024, apresentadas ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos, conforme exigido durante seu processo de Chapter 11. Os dados são preliminares e não foram auditados ou revisados por auditor da Gol.
Segundo o comunicado, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 176 milhões em novembro; Ebitda de R$ 448 milhões, com margem Ebitda de 26%. O Ebit foi de R$ 278 milhões, com margem de 16%. A receita líquida foi de R$ 1,739 bilhão.
Em novembro, a Gol tinha dívida líquida de R$ 31,023 bilhões em empréstimos e financiamentos, arrendamento e financiamentos DIP. O caixa, equivalentes de caixa e aplicações de curto prazo, totalizavam R$ 2,206 bilhões e as contas a receber eram de R$ 3,672 bilhões.
Acordo com AGU
Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) firmou acordos com as aéreas Gol e Azul para regularizar dívidas previdenciárias e fiscais de R$ 7,5 bilhões junto à União.
Desse montante, R$ 5 bilhões são relativos à Gol, e R$ 2,5 bilhões são dívidas da Azul. Os acordos preveem descontos sobre multas, juros e demais encargos, além do uso de prejuízo fiscal e flexibilização de prazos para o pagamento.
De acordo com a AGU, a Gol fará o pagamento de R$ 880 milhões em até 120 prestações. Os depósitos judiciais existentes, de R$ 49 milhões, serão convertidos em pagamento definitivo, sem descontos.
Como garantias, a companhia ofereceu vinculados aos processos judiciais em andamento, slots aeroportuários, recebíveis de vendas de passagens e espaço de mídia nas aeronaves.
O acordo firmado com a Azul prevê o depósito imediato de R$ 36 milhões, o parcelamento do valor remanescente (R$ 1,1 bilhão) em até 120 prestações, com a utilização de créditos de prejuízo fiscal.
A negociação estabelece, como seguro-garantia, slots aeroportuários, espaços de mídia nos aviões, contratos vigentes com diferentes órgãos do Poder Público e partes e motores de aeronaves.