A Petrobras informou nesta segunda-feira, 16, que concluiu uma oferta de títulos globais e a recompra de títulos emitidos no mercado internacional. Essa emissão, no valor de US$ 1 bilhão e com vencimento em 2035, foi realizada pela sua subsidiária, Petrobras Global Finance (PGF).
Em um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa divulgou os detalhes da emissão, que incluem um volume de US$ 1 bilhão, um cupom de 6,00% ao ano, preço de 98,128%, um rendimento de 6,25% ao ano e um vencimento em 13 de janeiro de 2035. Os pagamentos de juros serão semestrais, começando em 13 de janeiro de 2025.
Os ratings recebidos foram BB pela Fitch, Ba1 pela Moody’s e BB pela S&P. A operação, que teve seu preço definido em 03 de setembro de 2024, alcançou o menor spread em relação aos títulos da República desde 2006 e aos do Tesouro dos EUA desde 2011. A demanda superou a oferta em 3,2 vezes, com a participação de investidores da América do Norte, Europa, Ásia e América Latina.
A companhia informou ainda que também concluiu a oferta de recompra de títulos pela PGF, aceitando a totalidade ofertada pelos investidores. O valor principal entregue pelos investidores, descontando juros capitalizados e não pagos, foi de US$ 941.945.000,00, resultando em um pagamento total de US$ 918.372.939,11, de acordo com os preços ofertados pela Petrobras e desconsiderando juros até a data de liquidação.
Redução da dívida
Em entrevista ao Broadcast, o diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse que a emissão dos mirou unicamente a redução no custo da dívida da empresa. De fato, ao mesmo tempo a estatal recomprou títulos equivalentes a US$ 941,9 milhões, pagando US$ 918,3 milhões.
Melgarejo informou que há possibilidade de novas emissões desse tipo à frente, mas que agora não há nada no radar. Além da operação de momento, a Petrobras já havia emitido US$ 1,25 bilhão em operação concluída em julho do ano passado, após dois anos seguidos fora do mercado de dívida.
“A Petrobras não tem necessidade de liquidez, então operações como essa servem à gestão eficiente da dívida. Emitimos bem barato a fim de recomprar dívidas mais caras e mais curtas”, disse Melgarejo.