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Usiminas: Justiça manda CSN reduzir fatia para menos de 5%

Processo deve ser feito por meio da venda de ações, segundo decisão judicial

Usiminas encerrou o 2ºtri2024 com prejuízo líquido de R$ 100 milhões (foto: divulgação)

A Usiminas informou nesta segunda-feira, 29, a existência de uma decisão judicial, que corre em segredo de justiça, determinando que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reduza sua participação na Usiminas de 12,9% para menos de 5% do capital social.

A empresa diz que a decisão definiu que o processo deve ser feito por meio da venda de ações, conforme estabelecido no Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) assinado em 2014 entre a CSN e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em fato relevante divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após notícias publicada na imprensa nacional sobre o tema, a companhia confirmou ainda que houve o decurso do prazo estipulado pelo juízo para a alienação das ações, sem que a CSN tenha cumprido tal decisão judicial.

2ºtri2024

A Usiminas encerrou o segundo trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 100 milhões, revertendo assim o lucro de R$ 287 milhões apurado no mesmo período de 2023 e o lucro R$ 36 milhões do primeiro trimestre do ano, de acordo com o balanço da companhia divulgado na sexta-feira, 26.

De acordo com a Usiminas, o prejuízo líquido foi decorrente da piora do resultado operacional, além do efeito da desvalorização do real frente ao dólar na dívida. O efeito, acrescenta a empresa, foi parcialmente compensado por efeitos não recorrentes que totalizaram R$ 77 milhões positivos, afetando tanto o desempenho operacional quanto financeiro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado da Usiminas somou R$ 247 milhões, valor 33% menor ante o segundo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada foi de 4%, frente aos 5% registrados um ano antes.

A receita líquida da Usiminas caiu 8% no comparativo anual, chegando a R$ 6,350 bilhões. No comparativo trimestral, contudo, houve avanço de 2%.

Segundo a companhia, o aumento foi decorrente da receita líquida apurada pela unidade de mineração, que apresentou elevação de 16% no período e foi impactada positivamente pelos mecanismos de precificação e câmbio, apesar da queda de 10% nos preços de referência da Platts para o minério de ferro.

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