A Americanas divulgou nesta terça-feira, 11, indicadores financeiros gerenciais, não auditados, que refletem o desempenho operacional em 2023 e no primeiro trimestre de 2024.
A receita líquida somou R$ 14,940 bilhões em 2023 e R$ 3,759 bilhões nos três primeiros meses de 2024. “A companhia finalizou o ano de 2023 com queda da receita líquida consolidada quando comparada ao ano anterior, resultado da estratégia adotada de redução do varejo digital, sobretudo do 1P”, afirma a varejista.
Segundo a Americanas, contudo, o varejo físico apresentou melhora gradual a partir do segundo trimestre de 2023 em virtude da normalização do fornecimento de produtos, mudança no sortimento e no aperfeiçoamento da precificação.
A companhia diz ainda que a tendência positiva se manteve no primeiro trimestre de 2024 e foi amplificada em março de 2024, em razão do forte desempenho na Páscoa (que em 2023 ocorreu no segundo trimestre).
O lucro bruto, por sua vez, totalizou R$ 4,385 bilhões no ano passado e R$ 1,267 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
A margem bruta em 2023 e no primeiro trimestre de 2024 apresentou melhora nos respectivos comparativos anuais, sendo positivamente impactada por dois fatores.
O primeiro é a frente operacional pelos resultados obtidos na Páscoa, por reversão parcial na provisão para obsolescência de estoque, em virtude de ações adotadas de melhoria operacional, logística e de melhor gestão dos estoques.
O segundo por dois eventos extraordinários que totalizaram R$ 128 milhões no período: recuperação extemporânea de verbas com fornecedores (cuja perda havia sido previamente provisionada, em função das discussões durante a negociação do Plano de Recuperação Judicial) e melhor eficiência tributária.
Já o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 1,622 bilhão em 2023, mas “melhorou em termos absolutos quando comparado com o de 2022, principalmente pela expansão da margem bruta”, diz a varejista. O ajuste foi feito para excluir despesas relativas à recuperação judicial e investigação, impairment, baixas de ativos e haircut/desconto em contingências e em fornecedores por conta da aprovação do plano de recuperação judicial.
A Americanas conseguiu inverter o Ebitda ajustado no primeiro trimestre de 2024, com o indicador positivo em R$ 284 milhões.
“Ao longo de 2023 e primeiro trimestre de 2024, a companhia veio progressivamente adequando sua estrutura aos novos níveis de receita, com reduções de despesas com vendas, gerais e administrativas”, diz a empresa.
O Ebitda ajustado ex-IFRS 16 (que exclui, do Ebitda ajustado, os efeitos do IFRS 16 referente a aluguéis) fechou negativo em R$ 2,684 bilhões em 2023, e inverteu o sinal para positivo em R$ 81 milhões no primeiro trimestre de 2024.