A Petrobras informou nesta sexta-feira, 31, que recebeu correspondências de acionistas minoritários da companhia solicitando a convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para eleição dos membros do conselho de administração e para a presidência do colegiado, sob o argumento de que teria havido destituição de membro do conselho, o que, segundo a estatal, não corresponde aos fatos.
Na semana passada, o Broadcast adiantou que acionistas estrangeiros da estatal estavam se articulando para tentar convocar uma AGE para submeter as mudanças no comando da petroleira à Lei das Estatais.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras diz que entende que não há motivos para a convocação de uma AGE e reitera o Comunicado divulgado ao mercado em 15 de maio de 2024, em que explicitou que a legislação não prevê a convocação de Assembleia de Acionistas neste momento. “A realização de uma Assembleia implicaria em custos desnecessários para a companhia e seus acionistas”, afirma.
A estatal diz, no entanto, que os pedidos serão submetidos à avaliação jurídica e passarão pelos procedimentos de governança da companhia.
Nova presidente
Na sexta-feira passada, 24, Magda Chambriard assumiu a presidência da Petrobras, durante cerimônia fechada, após ter seu nome aprovado em reunião do conselho de administração da estatal.
A decisão não foi unânime: dos 11 integrantes do colegiado (a maioria indicada pelo governo), um votou contra e outro se absteve (ambos representam minoritários detentores de ações ordinárias).
Até a hora da votação, investidores estrangeiros defendiam que a aprovação do nome de Magda só poderia ser feita em assembleia geral extraordinária de acionistas.
Magda é a oitava presidente da Petrobras nos últimos 8 anos. Ela entra no lugar do ex-senador Jean Paul Prates, demitido no último dia 14 por conta de uma sucessão de atritos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira – que em entrevista ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) afirmou que a Petrobras não pode perder de vista o interesse nacional.