A Braskem disse, por meio de comunicado ao mercado, que está em “conformidade com os acordos de leniência” firmados com as autoridades brasileiras e dos Estados Unidos, e reiterou seu compromisso de manter a “higidez” dos instrumentos, em observância ao interesse social da companhia.
O posicionamento da petroquímica vem como reposta aos questionamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acerca de notícias da semana passada dando conta de que indenização da Novonor (antiga Odebrecht) à Braskem poderia anular o contrato de leniência nos Estados Unidos.
A empresa lembra que “não é autora desta ação”, que se trata de decisão de primeira instância e, portanto, pode ser objeto de recursos e não produz efeitos imediatos.
“A Braskem continuará monitorando a discussão judicial, fazendo as manifestações que entenda necessárias, com apoio de seus advogados brasileiros e americanos”, disse.
Reportagem publicada no jornal “O Globo” segunda-feira, informa que ação movida pelo acionista da Braskem Aurélio Valporto e pelo fundo de investimento Geração Futuro, do empresário Lírio Parisotto, responsabiliza a Novonor (ex-Odebrecht) por esquemas de corrupção na companhia durante as investigações da operação Lava-Jato.
Uma suposta decisão judicial favorável condenaria a Novonor a indenizar a Braskem por danos materiais, por cerca de US$ 1 bilhão. No entanto, qualquer compensação recebida pela Braskem poderia anular o acordo de leniência firmado com o Departamento de Justiça dos EUA, resultando em severas consequências para a empresa.