A TIM destaca no formulário 20-F, arquivado nesta segunda-feira, 29, na Securities and Exchange Comission (a CVM americana), risco de o governo brasileiro, sob certas circunstâncias, rescindir autorizações ou impedir que a companhia renove autorizações já consentidas. No mesmo documento, a empresa acena, ainda, com a possibilidade de não conseguir implementar, com sucesso, a sua estratégia de negócios, se forem afetados adversamente.
“Estamos sujeitos a extensas obrigações legais e regulatórias no desempenho de nossas atividades que podem limitar nossa flexibilidade em responder às condições de mercado, concorrência e mudanças em nossa estrutura de custos ou com as quais podemos não conseguir cumprir”, adverte a TIM.
Outra preocupação da operadora de telefonia está na concorrência no segmento móvel virtual, considerando empresas que oferecem serviços, alugando capacidade de rede de provedores de rede tradicionais, sem infraestrutura de rede própria.
Já em relação à recente aquisição de determinados ativos da Oi Móvel pela TIM, Vivo e Claro, a TIM acredita que a probabilidade de novas consolidações no mercado brasileiro de telecomunicações entre os principais concorrentes “é remota”, mas considera que se forem impulsionadas pelos principais concorrentes, podem enfraquecer a sua posição no mercado.
Além disso, a empresa avalia ainda que as constantes mudanças na indústria das telecomunicações, como o crescimento da banda larga, podem resultar em uma “oferta limitada” de equipamentos essenciais para a prestação de serviços.
Neste contexto, a empresa acredita que as restrições ao número de fabricantes impostas pelo governo brasileiro para determinados insumos apresentam “certos riscos”, incluindo a suscetibilidade a flutuações cambiais e a imposição de taxas alfandegárias.