O C6 Bank registrou lucro líquido de R$ 460,918 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 293,327 milhões observado no mesmo período de 2023. Foi o primeiro lucro trimestral do banco, criado em 2019, e que vem implementando uma série de medidas ao longo dos últimos dois anos para controlar o custo de crédito e ampliar carteira e receitas.
“Para os próximos meses e trimestres, eu espero não só lucro, mas lucros crescentes”, afirma o CEO do C6, Marcelo Kalim. O primeiro lucro mensal do banco foi em novembro do ano passado. O resultado do quarto trimestre, porém, foi negativo devido aos números do mês anterior.
A carteira de crédito subiu 35,5% no mesmo período de comparação, para R$ 46,301 bilhões. As operações com garantias ganharam espaço, passando de 69% para 76,6% do total. Em março, 48% da carteira do C6 estava em linhas de empréstimo consignado, enquanto 21% estavam no financiamento de veículos e outros 21%, em operações para pessoa física não consignadas, como o cartão de crédito.
As receitas do banco com intermediação financeira subiram 91% em um ano, para R$ 3,686 bilhões, puxadas pelas receitas com operações de crédito (+47,7%, para R$ 2,214 bilhões) e pelas receitas de operações com instrumentos financeiros, que quase quadruplicaram, chegando a R$ 1,411 bilhão no primeiro trimestre deste ano.
A receita líquida, que deduz despesas de captação, subiu 71,9%, para R$ 2,179 bilhões. As despesas operacionais tiveram aumento menor, de 8,2%, para R$ 858 milhões.
As despesas do C6 com provisões contra devedores duvidosos (PDD), ou seja, as provisões contra a inadimplência, somaram R$ 513 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 17,9% no comparativo com o primeiro trimestre do ano passado. Segundo o banco, o número reflete a melhora na qualidade do crédito.
O índice de inadimplência da carteira do C6 era de 3,2% em março, 1,5 ponto porcentual abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. O custo de crédito do banco recuou de 0,7% da carteira para 0,4% neste mesmo intervalo.
O C6 tinha R$ 76,802 bilhões em ativos no final de março, incremento de 56% em um ano explicado principalmente pelo crescimento da carteira de crédito. O patrimônio líquido do banco somava R$ 4,590 bilhões, alta de 32,6%. O índice de Basileia subiu 0,9 ponto porcentual em um ano, para 12,8%. O Banco Central exige índice de no mínimo 11,5% dos bancos que operam no País.
