Menu

Mineração

Vale: impacto geral de Brumadinho ainda é incerto

Segundo a empresa, rompimento de barragem afetou negócios, condição financeira e reputação

Área afetada pelo rompimento de barragem da Vale na cidade de Brumadinho, em 2019 (foto: Adobe Stock)

A Vale protocolou na noite de sexta-feira, 19, seu relatório 20F junto a Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, relativo ao exercício de 2023. Entre os riscos mencionados para sua operação, a companhia afirma no documento que o impacto geral de Brumadinho ainda é incerto.

“O rompimento de nossa barragem de rejeitos em Brumadinho afetou adversamente nossos negócios, condição financeira e reputação, e o impacto geral do rompimento da barragem sobre nós ainda é incerto”, diz a companhia.

A Vale informa ainda que continua réu em processos e investigações sobre o caso, incluindo investigações criminais no Brasil e litígios de valores mobiliários nos Estados Unidos. Além disso, processos e investigações adicionais podem ser iniciados no futuro e os resultados podem ter um efeito adverso relevante sobre os negócios e condição financeira da mineradora. A companhia destaca também que regulamentos e restrições adicionais passaram a ser ainda mais rígidos após o rompimento da barragem.

O desenvolvimento de novas tecnologias de bateria usando menos níquel também pode impactar a demanda da matéria-prima, segundo a companhia. Outro fator de risco citado é o desenvolvimento de tecnologias de baixa emissão de carbono que reduzam ou dispensem o uso de minérios de alta qualidade, podendo aumentar a demanda por minério de ferro de baixo teor e impactar o valor de produtos de minério de ferro.

Como é de praxe, a companhia confirma ainda no documento outros riscos geotécnicos relacionados à sua operação, assim como riscos financeiros, de planejamento de produção, de sustentabilidade, entre outros.

Além disso, menciona possíveis impactos diante de tensões geopolíticas e hostilidades militares, incluindo os conflitos militares em curso entre a Rússia e a Ucrânia, e Oriente Médio, e as sanções econômica e/ou interrupções nas cadeias de abastecimento regionais ou globais como resultado de tais conflitos.

Outro ponto colocado como fator de risco pela Vale foi certos direito de veto do governo brasileiro. No documento, a empresa diz que o “governo brasileiro detém 12 golden shares da Vale, que lhe conferem poder de veto limitado sobre determinadas ações da companhia, como alterações em sua razão social, localização de sua sede ou objeto social no que se refere às atividades minerárias”.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:

Veja mais notícias de Empresas