A Petrobras confirmou na noite de ontem que desembargador relator da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspendeu os efeitos da decisão que suspendia Pietro Adamo Sampaio Mendes do cargo de Conselheiro de Administração da companhia.
Mendes foi afastado sob alegação de conflito de interesses, uma vez que ele é responsável pela elaboração da política pública para o setor no ministério e, ao mesmo tempo, parte da administração da Petrobrás, no âmbito de uma ação popular em curso na 21ª Vara Cível Federal de São Paulo.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal diz que continuará defendendo a higidez de seus procedimentos de governança interna.
Afastamento
Na semana passada, o juiz Paulo Cezar Neves Junior, da 21ª Vara Cível Federal de São Paulo, decidiu suspender Mendes de suas funções no colegiado da estatal. Além de liderar o comitê de acionistas da estatal, Mendes mantém o cargo na pasta. A tese é que os interesses da empresa podem conflitar com os do governo.
Após a decisão, a a Petrobras informou que iria recorrer da decisão judicial. “A Petrobras buscará a reforma da proferida decisão por meio do recurso cabível, de forma a defender a higidez dos seus procedimentos de governança interna, como tem atuado em outras ações em curso na mesma vara questionando indicações ao conselho”, informou a empresa por meio de fato relevante divulgado ao mercado.
Mendes é um dos pivôs da crise no comando da empresa, sendo o principal opositor do presidente da companhia, Jean Paul Prates, no colegiado, segundo reportagem do Broadcast/Estadão.
