A MRV&Co – conglomerado que reúne empresas imobiliárias – anunciou hoje uma revisão nas suas projeções para os anos de 2024 e 2025 no braço de incorporação, a MRV, com atuação concentrada no Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Em linhas gerais, a MRV ampliou o volume previsto de receita, mas cortou o teto das margens e do lucro líquido.
A receita operacional líquida projetada para 2024 foi elevada de R$ 7,5 bilhões a R$ 8 bilhões (métrica divulgada anteriormente) para o novo patamar de R$ 8 bilhões a R$ 8,5 bilhões. Para 2025, aumentou de R$ 8 bilhões a 8,5 bilhões para R$ 9 bilhões a R$ 9,5 bilhões.
A margem bruta projetada para 2024 caiu da faixa de 26% a 28% para o novo patamar estimado em 26% a 27%. Já a margem bruta projetada para 2025 diminuiu de 30% a 33% para 29,5% a 31%.
A diminuição da margem bruta terá efeito direto no lucro líquido. A MRV anunciou a previsão de lucro líquido de R$ 250 milhões a R$ 290 milhões em 2024 (até então não havia projeção de lucro para este ano). Já para 2025, a previsão de lucro caiu de R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão para o novo patamar de R$ 700 milhões a R$ 850 milhões.
O grupo também reviu outros indicadores. A geração de caixa prevista para 2024 caiu de R$ 300 milhões a R$ 500 milhões para R$ 300 milhões a R$ 400 milhões. Para 2025, a geração de caixa estimada recuou de R$ 600 milhões a R$ 800 milhões para o novo patamar de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões.
Por fim, a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) prevista para 2024 mudou de 39% a 47% para 36% a 38%; e a de 2025 mudou de 20% a 30% para 20% a 26%.
Os números atualizados foram apresentados hoje pelo diretor financeiro, Ricardo Paixão, durante reunião pública com investidores e analistas, e pelo copresidente da MRV, Rafael Menin.
Para as subsidiárias, Luggo e Urba, juntas, a perspectiva é ter geração de caixa positiva e lucro ‘neutro’ em 2024.
E, no caso da Resia, subsidiária dos Estados Unidos, a previsão é de retomar a busca por um sócio para compor os negócios – o que deve ser anunciado nos próximos meses, segundo Menin.