A Cielo confirmou nesta quinta-feira, 29, que o conselho de administração da companhia convocou uma assembleia especial de acionistas (AEA).
Participarão apenas os acionistas minoritários da Cielo, para votar sobre a contratação ou não de um novo laudo de avaliação para o preço justo das ações da companhia na oferta pública de aquisição (OPA) lançada por Bradesco e Banco do Brasil para fechar o capital da credenciadora.
O Broadcast havia antecipado que a assembleia seria convocada. Apenas os conselheiros independentes votaram sobre o tema, com abstenções dos oito indicados pelos bancos controladores da companhia.
De acordo com a Cielo, os conselheiros independentes ressaltaram que o J.Safra, banco que havia sido indicado para fazer o novo laudo pelos acionistas minoritários que pediram a convocação da AEA, pertence ao mesmo grupo do J.Safra, que também atua no mercado de maquininhas. Por isso, recomendaram aos acionistas que avaliem se é viável ou não contratá-lo.
A diretoria da empresa propôs que seja encaminhada aos acionistas uma alternativa: a contratação do banco de investimento Rotschild, que é internacional e não atua em adquirência.
Além disso, os conselheiros orientaram a diretoria a não dividir com qualquer banco que venha a ser contratado informações estratégicas da empresa.
A AEA acontecerá no dia 2 de abril. Caso os minoritários aprovem a contratação de um novo laudo, o banco escolhido terá 30 dias para confeccioná-lo.
Se o preço por ação sugerido for o mesmo do laudo do Bank of America (BofA), de R$ 5,35, os minoritários terão de arcar com os custos do laudo.
Um grupo de gestoras pediu a convocação da AEA por considerar que o preço ofertado pelos bancos subavalia a Cielo.
Ao preço proposto pelos dois, a oferta movimentaria R$ 5,9 bilhões, mas as gestoras consideram que o valor poderia chegar a R$ 9,5 bilhões com um ajuste de premissas.