A Allos (empresa resultante da fusão entre Aliansce Sonae e BrMalls) reafirmou hoje que as sinergias operacionais esperadas com a integração dos negócios ficarão entre R$ 180 milhões e R$ 210 milhões até 2028.
Desse total, cerca de 80% devem ser capturadas em um período de três anos. O grupo informou que 60% das sinergias virão da combinação das receitas, enquanto os demais 40% estão relacionados ao corte de custos.
As informações constam na apresentação divulgada hoje pela Allos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa realiza nesta manhã uma reunião pública com investidores e analistas compartilhando mais detalhes.
A Allos já havia divulgado em 2023 que as sinergias deveriam ficar na faixa de R$ 180 milhões a R$ 210 milhões. De lá para cá, entretanto, o grupo realizou a venda de diversos shoppings, o que poderia impactar parte dos ganhos previstos com a fusão.
A companhia informou hoje que o plano de sinergias está mantido apesar do enxugamento do grupo, o que será possível por meio de novas oportunidades identificadas.
Na parte de sinergias de receitas, a Allos apurou ganhos com a combinação de receitas de aluguel de lojistas, estacionamento e o segmento de mídia. Já na parte de custos, houve ajustes de funcionários, escritórios, consultorias e comissionamento.
Conglomerado de shoppings
Na apresentação divulgada na CVM, a Allos citou que há um processo de renegociação de custos de condomínio dos shoppings que representa uma economia potencial de R$ 20 milhões em gastos associados a limpeza, manutenção, segurança, administração, entre outros.
Outro exemplo citado é a economia potencial de R$ 20 milhões de gastos com tecnologia por meio da unificação de sistemas, corte de fornecedores duplicados e renegociação de contratos – este último deve ter uma baixa de 30%.
A fusão entre a Aliansce Sonae e a BrMAlls deu origem ao maior conglomerado do setor, com 58 shoppings, 15 mil lojistas e 54 milhões de visitas de consumidores por mês.