A Embraer informou na terça-feira, 23, que assinou em 26 de novembro de 2025 um novo instrumento com a Azul Linhas Aéreas para repactuar o pedido originalmente feito pela companhia aérea entre 2014 e 2018. No novo instrumento, as partes confirmam os termos e condições pactuados originalmente, adequando apenas o número de aeronaves contratadas. Assim, o contrato, que totalizava 51 jatos E195-E2, passa a prever 25 unidades.
Segundo a companhia, o ajuste decorre do plano de reestruturação financeira da Azul, atualmente discutido no âmbito do processo de Chapter 11 em curso na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York. O tribunal homologou a repactuação na audiência de 18 de dezembro de 2025, e a ordem judicial correspondente foi publicada em 22 de dezembro.
O plano prevê uma reestruturação profunda do balanço da Azul, com redução de mais de US$ 3 bilhões em dívidas, arrendamentos e custos recorrentes de frota. Também inclui uma oferta de direitos de ações de até US$ 950 milhões, dos quais US$ 850 milhões já estão assegurados por parceiros estratégicos.
A proposta ainda incorpora acordos comerciais e revisões nos contratos de arrendamento, ampliando a flexibilidade financeira da empresa. A expectativa é de que a reestruturação seja finalizada no início de 2026, com a emissão das novas ações previstas no plano.
Segundo o CEO da companhia, John Rodgerson, o amplo apoio de credores e parceiros estratégicos, como AerCap, American Airlines e United Airlines, “reforça a confiança” na estratégia e no plano de negócios da empresa. “Estamos posicionados para concluir este processo com um melhor índice de alavancagem e um balanço mais robusto do que o esperado”, afirmou.
