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Energia limpa

Cosan: Entendemos a urgência de encontrar solução para estrutura de capital da Raízen, diz CEO

Martins diz ainda que a empresa considera uma capitalização na Raízen, caso seja a melhor solução, o que está sendo discutido com a Shell

CEO diz que a gestão tem feito “mudanças relevantes para enxugar o time e reduzir o tamanho da holding” (Foto: Adobe Stock)

O CEO da Cosan, Marcelo Martins, disse que a gestão entende a urgência de encontrar solução para a estrutura de capital da Raízen. Questionado sobre tempo, ele afirmou que esse “senso de urgência” está mais perto de seis meses e que a empresa não pode aguardar por 2 anos o encaminhamento da questão

“Nossas conversas com a Shell (sócia da Cosan na empresa) têm evoluído, mas não temos acordo final”, disse. Ele lembrou que apesar dos novos sócios da holding, BTG Pactual e Perfin, estarem em processo de integração, com entrada nos conselhos das investidas do grupo, na Raízen, o acordo mantém o arranjo já existente com a Shell. Nessa empresa, portanto, os novos sócios não entrarão no Conselho de Administração.

Ele disse ainda que a Cosan considera uma capitalização na Raízen, caso seja a melhor solução, o que está sendo discutido com a Shell e que deve acontecer dentro dos limites do que foi previsto na entrada de BTG e Perfin na holding.

Como ter uma dívida próxima de zero?

Martins disse que após um ano de sua gestão, a companhia tem, em sua visão, os melhores investidores possíveis, após o aporte do banco BTG Pactual e da Perfin e que ainda tem residual de venda de ativos para trazer a empresa para uma dívida próxima de zero.

Ele afirma que o foco para o próximo ano é a integração dos novos acionistas com o portfólio da empresa, com presença não só no Conselho de Administração da Cosan, mas também nas investidas, para, entre outras coisas, definir desinvestimentos.

Apesar de ser uma das prioridades da empresa, esses desinvestimentos, diz Martins, não devem ser feitos com pressa. “Não temos pressão de vender ativos a qualquer preço”, disse.

Já ações de crescimento, ele pondera, devem ficar para depois.

O que fazer para reduzir os custos da holding?

O diretor financeiro da Cosan, Rodrigo Araújo, cuja saída foi anunciada na sexta-feira, 14, participou, na segunda-feira, 17, da teleconferência de resultados da companhia e afirmou que reduzir os custos da holding à metade exigirá várias ações. Ele estima redução de funcionários, mas também a revisão de algumas iniciativas. “O programa de ADR tem custos altos, estamos reavaliando”, disse.

O CEO, Marcelo Martins, disse que a gestão tem feito “mudanças relevantes, no sentido de enxugamento do time e de redução do tamanho da holding”, que não deve mais ser usada como veículo de investimentos, sendo que os novos investimentos devem partir das empresas de seu portfólio.

Em relação à venda de ativos, Martins disse que a Radar é a empresa em que se pode considerar maior venda de participação no momento, seja por meio da continuação das vendas de terras, ou por venda de participação acionária.

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