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Saneamento

Sabesp: Estamos caminhando muito bem em eficiência e universalização, diz Piani

O CEO fez um balanço positivo do primeiro ano de Sabesp pós-privatização, em evento do Itaú BBA promovido nesta segunda-feira, 29

Piani explicou que a gestão privada da companhia tem focado na universalização e na resolução de passivos regulatórios (Foto: Adobe Stock)

O CEO da Sabesp, Carlos Piani, fez um balanço positivo do primeiro ano de Sabesp pós-privatização. “Estamos caminhando muito bem em eficiência e universalização”, disse o executivo durante evento do Itaú BBA promovido nesta segunda-feira, 29.

Piani explicou que a gestão privada da companhia tem focado na universalização e na resolução de passivos regulatórios. A lista de prioridades inclui ainda o aumento da eficiência operacional, financeira e comercial. “Estamos buscando construir pilares para sustentar o crescimento”, acrescentou.

Nesse cenário, o executivo ressaltou a ampliação em investimentos. A Sabesp aportou cerca de R$ 6,5 bilhões no primeiro semestre de 2025, alta de 137% sobre o mesmo período de 2024.

A projeção da companhia é investir cerca de R$ 260 bilhões ao longo dos 35 anos de concessão. Com isso, a expectativa é que a companhia injete perto de R$ 330 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nesse período por meio de efeitos econômicos diretos e indiretos, ainda segundo o CEO.

Para fazer frente a esses investimentos, a Sabesp captou cerca de R$ 13 bilhões em seis meses. “Enquanto isso, reduzimos o custo da dívida em 10%”, complementou Piani.

O executivo destacou ainda os avanços na cobertura de serviços, uma das principais premissas da desestatização da Sabesp, considerada uma das três maiores empresas de saneamento do mundo. “Estamos dominando muito bem a meta muito ambiciosa de universalização”, avalia.

No acumulado de 2024 e 2025, a Sabesp registrou 513.176 novas economias de água (ICA), o que corresponde a 118% da meta do primeiro ano do Fator de Universalização. Já as novas economias de esgoto (ICE) somaram 545.222, atingindo 93% da meta estipulada. Por sua vez, as economias para tratamento de esgoto (IEC) alcançaram 661.731, o equivalente a 64% da meta do primeiro ano.

Medidas diante do risco de desabastecimento

Piani destacou os desafios hídricos enfrentados no País, com destaque para o Estado de São Paulo. No entanto, reforçou que a companhia e os órgãos públicos têm adotado estratégias para minimizar os riscos.

O executivo explica que, enquanto não é possível “criar água”, as cidades cresceram mais rápido do que a infraestrutura necessária, o que gera gargalos. “Brasil tem desafio hercúleo de disponibilidade hídrica, mas estamos adotando medidas para não correr risco de desabastecimento e restrições”, afirmou.

Em agosto, os sete sistemas de água que abastecem as cidades da região metropolitana de São Paulo operaram no menor nível dos últimos 10 anos para o mês. O resultado ficou abaixo apenas do registrado em 2015, quando a região sofreu com uma crise hídrica histórica.

As medidas de mitigação de risco incluem a redução da pressão na distribuição de água na região metropolitana de São Paulo. Recentemente, a medida foi ampliada de oito para 10 horas. A Sabesp anunciou também a diminuição do volume retirado do Sistema Cantareira e a captação de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para suprir a queda no nível.

Nas últimas semanas, houve uma desaceleração nas perdas, com estabilização nos volumes dos mananciais após as chuvas em São Paulo. Ainda assim, a partir do dia 1º de outubro, o Sistema Cantareira passa a operar no nível 4, de restrição, o que não ocorria desde janeiro de 2022.

Volume em mananciais da RMSP cai 0,2 ponto porcentual em 1 dia, para 31,7%

O Sistema de Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), administrado pela Sabesp, apresentou variações negativas no armazenamento entre os dias 28 e 29 de setembro. O volume total caiu de 31,9% (619,79 hectômetros cúbicos) para 31,7% (616,18 hm³), refletindo uma redução de 0,2 ponto porcentual.

Na comparação semanal, também houve queda de 0,2 ponto porcentual, reduzindo o ritmo de perdas em relação a períodos anteriores após as chuvas registradas em São Paulo recentemente. Na segunda-feira passada, 22, o volume total estava em 31,9%.

Todos os sistemas mananciais apresentaram queda no volume na comparação diária, com exceção de Rio Claro, que se manteve estável em 19%. O Sistema Cantareira passou de 28,8% para 28,6%, com uma diminuição em hm³ de 282,42 para 280,42. O Alto Tietê reduziu de 25,3% para 25,2%, com a capacidade passando de 141,99 hm³ para 141,17 hm³.

Guarapiranga cedeu de 48,2% para 48,1%, enquanto o sistema Cotia diminuiu de 50,9% para 50,6%. O Rio Grande teve seu volume diminuído de 53,8% para 53,6%. Por sua vez, o São Lourenço caiu de 46,8% para 46,5%.

Medidas

Diante da baixa pluviometria, a Sabesp anunciou, no final de agosto, a redução da pressão na distribuição de água na região metropolitana de São Paulo pelo período de oito horas durante as madrugadas. No dia 19 de setembro, a Arsesp determinou a ampliação para dez horas da chamada gestão de demanda noturna (GDN).

As medidas incluem também a diminuição do volume de água retirado do Sistema Cantareira. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) reduziram o volume autorizado de 31 m³/s para 27 m³/s. A companhia foi liberada a captar água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para suprir a queda no nível.

A partir do dia 1º de outubro, o Sistema Cantareira passa a operar no nível 4, de restrição, o que não ocorria desde janeiro de 2022.

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