A RD Saúde enxerga nas mudanças esperadas para o mercado de medicamentos da classe GLP-1, voltados ao tratamento da obesidade e diabetes, uma oportunidade relevante para acelerar suas vendas a partir de 2026.
Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Flávio Correia, a expectativa é que o fim de patentes no próximo ano viabilize o lançamento de genéricos com preços mais acessíveis, o que pode destravar uma demanda reprimida no País.
“Sabemos que o ano que vem encerra patentes grandes e que isso pode mexer bastante na equação, gerar muito acesso e permitir que uma grande camada da população, que hoje tem o máximo desejo de emagrecer, mas não tem poder aquisitivo, possa entrar nesse mercado”, afirmou o executivo em teleconferência sobre o balanço do segundo trimestre.
A RD já começou a capturar parte dessa oportunidade com a entrada de um genérico com exclusividade temporária dos medicamentos Saxenda e Victoza, ambos da classe GLP-1.
O executivo avalia que a chegada de novos produtos pode impulsionar o crescimento da receita da companhia, mesmo que parte dos consumidores dos medicamentos originais migrem para as versões genéricas. “Esse efeito de migração tende a ser menor, no meu ponto de vista, do que de fato os novos entrantes que vão ter no mercado”, disse.
A expectativa positiva com os genéricos se soma à estratégia da RD de atuar com preços de forma “cirúrgica”, considerando produto, canal e região. No segundo trimestre deste ano, o investimento em preços foi maior em perfumaria, mas também houve atuação em medicamentos de marca e genéricos, a depender da localidade.