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Mobilidade

Voltta, da Eneva, lança franquia de estações de recarga

Objetivo da empresa de eletromobilidade é chegar a 500 eletropostos operacionais até 2027 e mil até 2030

Voltta tem mais de 200 estações de recarga ativas em 10 Estados (Foto: Adobe Stock)

RIO – O crescimento de quase 500% da frota de carros elétricos no Brasil nos últimos dois anos levou a empresa da Eneva dedicada à eletromobilidade, a Voltta, a lançar uma rede de franquias de infraestrutura de recarga para veículos elétricos no País. O objetivo é chegar a 500 eletropostos operacionais até 2027 e mil até 2030, de acordo com o sócio-diretor e líder do projeto, Leonardo Burgos, que somente este ano prevê fechar pelo menos 40 unidades, expandindo o número de pontos de recarga em centros urbanos, rodovias e polos logísticos. Só a Eneva já contratou 20 franquias da rede, informa o executivo.

“É um crescimento muito acelerado. E paralelo a isso, o que acontece? As infraestruturas de recarga não acompanharam, principalmente recargas rápidas. E se tinha uma premissa de que todo mundo ia recarregar em casa, na verdade, não é isso que tem acontecido” informa Burgos. “Apesar das vendas de carros elétricos estar crescendo cinco vezes desde 2023, se tivesse infraestrutura, estaria crescendo muito mais. Muitas pessoas ainda não decidiram comprar carro elétrico por causa disso”, avalia.

O número de veículos elétricos plug-in (elétrico e combustão) no Brasil cresceu quase 500% nos últimos dois anos, ultrapassando a marca de 230 mil unidades, de acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Atualmente há um ponto de recarga para cada 16 veículos. A entrada de novas empresas com capacidade de ampliar a capilaridade da rede será fundamental para garantir esse avanço, avalia Burgos.

Ele explica que a entrada da Eneva no negócio de franquias também é mais um passo da companhia na direção do consumidor final, às vésperas da abertura total do mercado livre de energia elétrica.

“A Eneva, por exemplo, é uma empresa industrial. Ela não tem relação com o consumidor final. Através da nossa solução ela passa a ter. Então, daqui a algum tempo, quando abrir o mercado cativo, imagina que você tem o seu carro que está abastecendo lá na estação da volta e aí eu posso oferecer a você, através de uma notificação, energia para sua casa. Já que você está comprando energia para o seu carro, compra para a sua casa também”, explica. “Essa é a nossa visão de longo prazo. É mais um canal de relacionamento com o cliente final para que eu possa, em algum momento, quando abrir o mercado, oferecer energia não só para o carro dele, mas para a casa dele também, e eventualmente, com uma conta única. É um produto digital, a criatividade é o limite”, prevê.

Expansão

Com mais de 200 estações de recarga ativas em 10 estados e 2,2 gigawatt-hora (GWh) de energia transacionada, a Voltta aposta na expansão da infraestrutura para aumentar a eletrificação do transporte no Brasil. Segundo Burgos, em 2022 o País registrou a venda de 19 mil carros elétricos e em 2024 já foram 120 mil. “O carro elétrico puro (100% elétrico) saiu de 7 mil para 60 mil, foi quase seis vezes mais a quantidade de carros puramente elétricos”, diz.

As franquias das estações de recarga custam entre R$ 30 mil e R$ 200 mil, em cinco versões, dependendo da velocidade do serviço, que também varia de acordo com a potência do veículo. Um carro de 60 quilowatts (kW), por exemplo, levaria 60 minutos para abastecer em uma versão standard, tempo que é reduzido em estações mais eficientes. “A partir de R$ 90 mil é com recarga rápida”, informa Burgos, calculando que o tempo pode ser reduzido em até 20% nessas estações.

“O franqueado só precisa achar o ponto, o resto a gente cuida. A gente entrega a estação funcionando. Nós temos o nosso parceiro homologado da parte de engenharia, que faz a visita técnica, a obra civil, todas adequações. Depois entrega toda a parte de identidade visual e entrega ela funcionando. E a operação é autônoma sem funcionário”, explica.

Além dos óbvios postos de abastecimento, as franquias podem ser instaladas em supermercados, hotéis, restaurantes, shoppings, academias, estacionamentos, grandes lojas de departamento, condomínios e grandes centros comerciais. Segundo Burgos, são lugares em que o consumidor pode deixar o carro abastecendo enquanto faz compras, ou se alimenta, o que agiliza o serviço.

“As estações podem ser instaladas em todos os lugares em que a gente tenha grande fluxo de carros e algum tipo de segurança, porque como ela é autônoma, é importante ter lá algum tipo de controle de acesso, de vigilância, esse tipo de coisa, mas para evitar vandalismo”, diz Burgos, ressaltando que as estações possuem câmeras internas de segurança.

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