Menu

Setor financeiro

Agibank quer manter crescimento em 50% em 2025

No ano passado, o banco teve lucro líquido de R$ 870,9 milhões

Crédito consignado é principal produto do Agibank (foto: Adobe Stock)

O Agibank espera manter neste ano o crescimento da carteira de crédito próximo a 50%, e vê um espaço a conquistar no mercado de crédito consignado, que é seu principal produto. De olho no novo consignado privado, que deve ser lançado em março, o banco também tem buscado uma redução nos custos de captação para manter o fôlego e cumprir a meta de quadruplicar o portfólio até 2030.

No ano passado, o banco teve lucro líquido de R$ 870,9 milhões, alta de 102,5% em relação a 2023, impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito, que foi de 52,1%, chegando a R$ 23,993 bilhões. Desse total, 83% estavam em operações como o crédito consignado, o cartão consignado e a antecipação do saque-aniversário do FGTS.

“Vamos continuar nesse ritmo em 2025. A carteira não só aumentou, mas aumentou com qualidade”, diz o diretor Financeiro e de Relações com Investidores do banco, Marcello Dubeux. A inadimplência da carteira do banco caiu de 3,9% para 3% em um ano.

Mesmo com o cenário econômico mais difícil neste ano, a instituição espera manter a inadimplência sob controle. “Esperamos continuar melhorando a qualidade da nossa carteira. Nós não negociamos com o portfólio”, afirma o CEO do banco, Glauber Correa. Ele reitera que o objetivo é atingir R$ 100 bilhões em carteira em 2030.

Para chegar lá, o Agibank tem buscado ampliar as fontes de captação de recursos. No final de 2024, o banco tinha 3,9 milhões de clientes ativos, 46,2% mais que 12 meses antes. No entanto, a maior parte dessa base é de baixa renda, com menor capacidade de poupança. Por isso, o Agibank recorre a emissões de certificados de depósito bancário (CDBs) distribuídas no mercado, e agora, tem buscado emissões junto a investidores maiores.

No ano passado, o banco fez duas emissões de letras financeiras, que somaram R$ 750 milhões. Além disso, emitiu debêntures financeiras subscritas pelo Citi no valor de R$ 2,3 bilhões, e pelo Itaú, no valor de R$ 1,25 bilhão. Também emitiu um certificado de recebíveis imobiliários (CRI) de R$ 200 milhões.

Dubeux afirma que o prêmio pago pelo banco sobre o CDI nas emissões caiu para cerca de 1,15%, graças ao bom desempenho operacional dos últimos anos. Ao longo do ano passado, as três maiores agências globais de classificação de risco elevaram a nota de crédito do Agibank, com perspectivas estáveis.

Novo sócio

No final do ano passado, o banco foi avaliado em R$ 9,3 bilhões em uma rodada de investimentos de R$ 400 milhões. O aporte foi feito por Daniel Goldberg, da Lumina Capital, através de um fundo de private equity (que compra participações em empresas). Goldberg passou a integrar o conselho do Agibank, e renunciou à cadeira que ocupava no conselho do Nubank.

O aporte reforçou os índices de capital, mas o banco afirma que Goldberg entrou para contribuir com o conhecimento que tem do setor. “[Isso] é decisivo para a missão de crescimento no tempo que nós temos”, diz Correa.

De acordo com Dubeux, o Agibank consegue financiar o crescimento e os índices de capital através dos próprios resultados. No ano passado, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) da instituição ficou em 43,8%, 10 pontos porcentuais acima do visto em 2023, e bem acima da média do setor.

O banco atribui a rentabilidade ao modelo de operação, majoritariamente digital, mas com pontos de atendimento físicos espalhados pelo País, em cidades com mais de 75 mil habitantes. Segundo o Agibank, o formato é 90% mais eficiente que o da agência bancária, e ajuda a digitalizar o cliente. No final do ano passado eram 1.006 pontos, número que deve subir a 1.150 neste ano.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:

Veja mais notícias de Empresas