O Itaú Unibanco confirmou que o banco acusa o ex-diretor Financeiro Alexsandro Broedel de conflito de interesses ao contratar pareceres. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar as denúncias, mas também questionou o banco que, por sua vez, respondeu ao órgão nesta terça-feira, 10.
O banco reitera que, após meses de apurações internas, identificou que Broedel “violou” o código de ética do Itaú ao “exercer atividade externa remunerada incompatível” com seu cargo e manter sociedade com fornecedor técnico-contábil do grupo.
O ex-administrador ainda atuou em conflito de interesses e em inobservância aos seus deveres fiduciários, usando irregularmente seu cargo e aprovando contratações de pareceres e pagamentos, por subsidiária integral da companhia, para empresa ligada ao fornecedor do qual era sócio, totalizando R$ 13,255 milhões entre 2019 e 2024.
Foram apurados, ainda, indícios de que o fornecedor redirecionava parte dos valores recebidos, de R$ 4,860 milhões entre 2019 e 2024, para contas de Broedel, usando empresa intermediária.
O Itaú, no entanto, reforça que se trata de uma “situação isolada”, na qual o prejuízo indireto está limitado aos valores acima, “sem quaisquer impactos materiais para a companhia”.
Na semana passada, o banco informou sobre a demissão do diretor de Marketing, Eduardo Tracanella, que estava há mais de 27 anos na empresa.