A Minerva Foods registrou prejuízo líquido de R$ 186,2 milhões no primeiro trimestre de 2024. O valor representa reversão do lucro de R$ 114 milhões reportado em igual período de 2023.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 628,9 milhões, alta de 18,2% sobre os R$ 531,9 milhões verificados no mesmo intervalo do ano anterior. A margem Ebitda foi de 8,8%, ante 8,3% no primeiro trimestre de 2023.
A receita líquida obtida de janeiro a março somou R$ 7,187 bilhões, 12,6% a mais que a de R$ 6,381 bilhões dos três primeiros meses do ano anterior, segundo a Minerva.
“Ainda que a sazonalidade de início de ano esteja presente, tivemos uma ótima recuperação do nível de receita, demonstrando a solidez e a atratividade do mercado”, disse o diretor presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, na mensagem que acompanha os resultados.
Segundo a empresa, o resultado líquido negativo se deveu ao “efeito não-caixa da variação cambial”. “Excluindo-se tal efeito, o resultado líquido no trimestre alcança aproximadamente R$ 79,8 milhões”, disse a companhia no release de resultados divulgado nesta quarta-feira.
As exportações representaram 64% da receita bruta da Minerva no primeiro trimestre, ou R$ 4,476 bilhões, enquanto o mercado interno foi responsável por R$ 3,213 bilhões, com aumento de 26,1% ante igual período de 2023. Já a receita com os embarques aumentou apenas 5,1%.
No release de resultados, a Minerva cita um horizonte “promissor” no mercado internacional em 2024. “Em um de seus piores ciclos pecuários, os Estados Unidos se destacam como importante mercado importador devido à forte restrição de oferta que o país vive, e que ainda deve permanecer por vários trimestres”, disse o diretor presidente.
A Minerva também informou que o volume de vendas subiu 20,1%, passando de 288,2 mil toneladas para 346,1 mil toneladas. No primeiro trimestre de 2024, o volume consolidado de abate de bovinos totalizou 1,03 milhão de cabeças, aumento de 23% comparado ao igual período de 2023. “A América do Sul se destaca pela ótica da oferta, beneficiando-se da conjuntura atual de ciclo bovino, com números de abate brasileiro alcançando recordes nesses primeiros meses do ano”, afirmou Galleti de Queiroz.
A dívida líquida da companhia cresceu 16,7% na comparação ano a ano, para R$ 8,995 bilhões ao fim do primeiro trimestre de 2024. O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,8 vezes, superior a um ano antes, quando o índice era de 2,6 vezes.