A Cielo confirmou nesta terça-feira, 23, que os acionistas minoritários rejeitaram a contratação de um novo laudo para avaliar o preço justo das ações no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) que fechará o capital da empresa. Desta forma, a oferta deve prosseguir. A informação foi antecipada pelo Broadcast.
A rejeição se deu por uma vantagem de 100 milhões de votos, com os detentores de 380,3 milhões de ações votando contra o novo laudo. A decisão aconteceu após Bradesco e Banco do Brasil, os bancos controladores da companhia, aumentarem de R$ 5,35 por ação para R$ 5,60 por ação o valor oferecido aos demais acionistas. Este valor será corrigido pelo CDI acumulado até a data de liquidação da oferta, o que deve elevar ainda mais o preço.
A companhia informa que a elevação do preço na OPA ficou condicionada ao cumprimento de obrigações assumidas por um grupo de acionistas minoritários no começo do mês, quando o novo preço foi oferecido. A assembleia inicialmente aconteceria em 2 de abril, mas, diante da nova proposta dos bancos, foi suspensa até hoje, para que os minoritários pudessem avaliar as novas condições.
Se a oferta for efetivada, os dois bancos desembolsarão cerca de R$ 6,4 bilhões, e manterão a sociedade na companhia, cada um deles com metade do capital. A Cielo deve ser integrada à EloPar, holding do mundo de pagamentos em que ambos são sócios.