Uma pesquisa da Amcham divulgada nesta segunda aponta que 71% das empresas já adotam práticas voltadas para as áreas de Meio Ambiente, Social e Governança (ESG, na sigla em inglês). No entanto, 45% dessas companhias ainda estão em fase inicial quando se trata de práticas sustentáveis.
No geral, houve avanço em relação aos dados apresentados em 2023, com alta de 24 pontos porcentuais (p.p.) para a quantidade de empresas que já agem no tema. Já na intensidade desses movimentos, aumentou em 10 p.p. a parcela daqueles que ainda estão começando nesse caminho.
Os motivos para que as companhias se engajem no tema variam: 78% pensam no impacto no meio ambiente; 77% pensam na sua reputação; e 63% visam fortalecer sua relação com seus parceiros.
Para o CEO da Natura &co, Fabio Barbosa, painelista do evento de divulgação da pesquisa sobre a adoção de práticas ESG, apesar de haver empresas que assumem compromissos sem a devida seriedade, esse movimento é sempre positivo. “Não importa se tem muito ou pouco greenwashing (práticas que parecem sustentáveis, mas não são efetivas). A partir do momento que a empresa se compromete, ela será cobrada”, diz.
Barbosa acredita que é preciso proporcionar a transformação de algumas empresas. Conselheiro da United Nations Foundation, ele contou que, cogitou-se que esse fundo não investisse em nada ligado à exploração de petróleo. No entanto, ele ajudou a construir a saída de que a instituição tivesse um membro no conselho de administração da Shell, para olhar para o tema de novas fontes de energia.
Para o presidente do Conselho de Administração da Amcham e presidente do Citi Brasil, Marcelo Marangon, os valores ESG seguem como oportunidades para investidores estrangeiros e que o tema de novas fontes de energia é um dos mais requisitados em reuniões internacionais.
