O Grupo Pão de Açúcar (GPA) apresentou um prejuízo líquido consolidado aos controladores de R$ 87 milhões no quarto trimestre de 2023, uma queda de 67,9% em relação ao mesmo período de 2022. Se consideradas apenas as “operações descontinuadas”, o saldo ficou negativo em R$ 216 milhões, uma melhora de 74% em relação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com o GPA, o desempenho pode ser explicado devido à melhora do Ebitda ajustado e de outras receitas e despesas operacionais. No período, a receita líquida foi de R$ 5,25 bilhões, uma elevação de 7,2% ante o mesmo intervalo de 2022.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado ficou em R$ 404 milhões, alta de 70,7% na base anual.
No Brasil, maior operação da companhia, o Ebtida ajustado do GPA subiu 38,8% ante o mesmo período de 2022, para R$ 404 milhões. A margem Ebitda ajustada consolidada, que mostra a eficiência operacional, porém, subiu 2,9 pontos porcentuais (p.p.) na comparação anual, para 7,7% no último trimestre de 2023, enquanto no Brasil a alta é de 1,8 pp, a 7,7%.
Gastos
No trimestre encerrado em dezembro, as despesas com vendas, gerais e administrativas do GPA totalizaram R$ 988 milhões, representando 18,8% da receita líquida, sendo esse o menor patamar alcançado no ano, refletindo uma redução de 0,2 pp na comparação trimestral.
Na comparação anual, houve aumento de 1,4 p.p. como porcentual da receita líquida, principalmente relacionado com despesas de loja para a melhora da experiência dos clientes.
Dívida líquida
A dívida líquida do GPA alcançou R$ 721 milhões no último trimestre do ano passado, uma redução de R$ 700 milhões na comparação anual. Ao final do período, o GPA apresentou posição de caixa de R$ 3 bilhões, equivalente a 3,1 vezes a sua dívida de curto prazo.