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Finanças

Lucro do BMG cresce 18,9% no segundo trimestre e chega a R$ 125 milhões

De acordo com o banco, melhora no resultado se deveu principalmente à redução das provisões para devedores duvidosos e à melhora no mix de ativos

Os ativos totais do banco fecharam o período em R$ 48,879 bilhões, crescimento de 1,7%

O Banco BMG registrou no segundo trimestre do ano um lucro de R$ 125 milhões, crescimento de 18,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os ativos totais do banco fecharam o período em R$ 48,879 bilhões, um crescimento de 1,7% sobre o segundo trimestre de 2024.

De acordo com o banco, o aumento do lucro no trimestre se deu, principalmente, por conta da “redução da despesa de PDD (provisão para devedores duvidosos), visando a melhora constante na qualidade dos ativos, e pelo aumento da receita de crédito oriundo dos produtos core”.

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE) foi de 14,3% ao ano, um crescimento de 3,5 pontos porcentuais em comparação ao mesmo período do ano passado. O BMG também informou que sua margem financeira totalizou R$ 1,443 bilhão no segundo trimestre, um aumento de 9,6% em relação ao segundo trimestre de 2024.

A carteira de crédito, por sua vez, atingiu R$ 24,680 bilhões no período, representando uma redução de 8% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 1,7% em 12 meses. De acordo com o banco, a redução da carteira ocorreu, em especial, “por conta da diminuição do empréstimo consignado nos Estados Unidos (ativo não estratégico) e da cessão sem retenção de riscos e benefícios de R$ 1,2 bilhão da carteira de antecipação do saque-aniversário do FGTS“. O BMG informou que “vem trabalhando no remix dos ativos, aumentando exposição aos consignados e crédito pessoal e reduzindo carteiras menos rentáveis”.

O banco informou também que, ao longo dos últimos anos, “vem ampliando o relacionamento com os investidores institucionais, diversificando as fontes de captação através de cessões de crédito com retenção de riscos e benefícios e emissões de letras financeiras, permitindo melhor gestão do fluxo de vencimento dos ativos e passivos e reduzindo o prêmio de risco das novas captações”.

Ganhos de eficiência

Em relatório, a Genial Investimentos avaliou que o BMG vem apresentando melhora gradual nos resultados, apoiado em ganhos de eficiência e no maior foco em linhas mais rentáveis. “No entanto, o cenário desafiador para o consignado — marcado por restrições operacionais após as fraudes e ajustes na originação —, somado à estratégia de otimização do mix de ativos por meio de cessões de carteiras, deve continuar limitando o crescimento da carteira total”, escrevem Eduardo Nishio, chefe da área de análises financeiras, e a analista Nina Mirazon.

“Paralelamente, o ambiente de juros elevados segue comprimindo spreads e mantendo o custo de funding em níveis altos”, dizem. “Diante disso, o banco tem buscado diversificar sua estrutura de captação, com destaque para o crescimento da participação institucional, movimento reforçado após os episódios envolvendo o Banco Master, que elevaram a percepção de risco no mercado.”

A Genial também chama a atenção para o movimento de queda nas provisões para devedores duvidosos. Nesse contexto, dizem os analistas, a inadimplência acima de 90 dias apresentou melhora tanto na comparação trimestral quanto na anual, encerrando o período em 3,8%. “A evolução reflete o maior foco do banco em produtos de menor risco, como a carteira de créditos consignados (empréstimo consignado, cartão consignado e cartão beneficio), que já responde por 70% da carteira total.”

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