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Setor financeiro

Itaú lança Emps, aplicativo com IA voltado para empreendedores

No primeiro momento, o app vai ser oferecido para empreendimentos de sócios únicos, como profissionais liberais, como médicos e advogados

O objetivo é que o Itaú Emps seja a porta de entrada do banco para a pessoa jurídica (Foto: Adobe Stock)

Empreendedores são o novo alvo do Itaú Unibanco. O banco anunciou nesta segunda-feira, 21, o Itaú Emps, um aplicativo gratuito voltado especificamente para este público, com atendimento por inteligência artificial generativa.

O objetivo é que o Itaú Emps seja a porta de entrada do banco para a pessoa jurídica, em um ciclo que acompanha o crescimento do negócio. De empreendedor, passando a empresário, atendido pelo Itaú Empresas, até virar sócio, quando passa para o Itaú BBA, voltado para as companhias de maior porte. “Com o Itaú Emps, fechamos nosso ecossistema do PJ”, disse o diretor do Itaú Empresas, Pedro Prates.

No primeiro momento, o app vai ser oferecido para empreendimentos de sócios únicos, como profissionais liberais (médicos, advogados). Ainda este ano, chega a empresas com mais de um sócio e em 2026 será oferecido para as MEIs (microempreendor). Entre os serviços, há pagamentos e recebimentos, além de integração com adquirência (as maquininhas de cartão) e crédito, como antecipação de recebíveis.

No público potencial no primeiro momento, dos 23 milhões de pessoas jurídicas (PJ) no Brasil, 10 milhões de pessoas que não são microempresas (MEI). Prates acredita ser possível chegar a 20% desse universo, ou seja, atraindo 2 milhões de pessoas. No universo MEI, mais 2 milhões. “Estamos falando de um potencial grande de mercado”, observa o executivo. Só este ano, foram 2,2 milhões de empresas abertas.

A área de empresas vem passando por transformações dentro do Itaú. E foi nessas mudanças que o banco percebeu o público de empreendedores, que precisava de uma proposta mais específica. “É um cliente que busca o autosserviço, agilidade na vida financeira, é quem faz tudo na empresa”, disse Freitas.

Quem é o empreendedor brasileiro

O empreendedor tem um perfil eclético no Brasil, que inclui de profissionais liberais, como advogados e médicos, a donos de estabelecimentos, como mercados, restaurantes e oficinas e marcenarias, com faturamentos anuais que variam de R$ 200 mil a R$ 3 milhões. “Eles têm necessidades diferentes, mas o que os une é a falta de tempo.”

Pesquisa da Quaest, divulgada no evento do Itaú, mostra que a independência é um dos principais motivos para empreender, para 28% dos entrevistados. A principal meta para as empresas, de acordo com 49% dos entrevistados, nos próximos 5 anos é aumentar o faturamento. Outros 18% falam em ampliar área de atuação e abrir filial.

A diretora de inteligência de mercado da Quaest, Nathalia Porto, destaca que há um novo perfil do empreendedor brasileiro, que mais que começar negócios por necessidade, vem fazendo isso por vocação, e quer inovar. Nesse ambiente, boa parte dos entrevistados quer mais apoio para enfrentar desafios nos negócios e o uso da IA está em expansão. “Mas menos de 25% usam a IA para tomar decisões financeiras, como investimentos.”

O diretor de tecnologia do Itaú, Carlos Eduardo Mazzei, contou que o banco passou de 550 casos de IA generativa em teste, com mais de 100 soluções já disponíveis. “A IA generativa vai proporcionar um novo momento de experiência do cliente”, disse a jornalistas na sede do Itaú. Se a IA não resolver, o banco garante que o empreendedor está a 30 segundos de um atendimento humano.

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