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Construção Civil

Tenda reporta lucro de R$ 4,4 milhões no 1T25

Resultado positivo de R$ 85,5 milhões no período é recorde para começo de ano

Ebitda da Tenda somou R$ 152,9 milhões no período (foto: divulgação)

A construtora Tenda reportou lucro líquido consolidado de R$ 85,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, nível recorde para um começo de ano. O resultado também representa uma recuperação relevante em relação ao lucro de apenas R$ 4,4 milhões do mesmo período de 2024.

A melhora veio após ampliação das vendas e dos preços de imóveis ao longo dos últimos trimestres, com aumento da receita e diluição de custos. Isso levou à melhora das margens, especialmente na divisão Tenda. Além disso, o grupo teve melhora nas provisões para devedores duvidosos. Por sua vez, a Alea está em fase de crescimento dos negócios e permanece no vermelho.

A divisão de negócios Tenda (baseado em empreendimentos em concreto) teve lucro de R$ 104,9 milhões, montante cinco vezes maior na comparação anual. A margem bruta ajustada da Tenda foi de 36,7%, alta de 8,2 pontos porcentuais.

A divisão Alea (negócio em fase de expansão, baseado em estruturas pré-moldadas de madeira) gerou prejuízo de R$ 19,4 milhões, que foi 26,7% maior na comparação anual. A margem bruta ajustada de Alea foi de 6,8%%, alta de 0,3 pontos porcentuais no ano.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado e ajustado somou R$ 152,9 milhões no trimestre, avanço de 50,5% na comparação anual. A margem Ebitda ajustada consolidada chegou a 17,7%, aumento de 4,0 pontos porcentuais. O critério “ajustado” exclui juros capitalizados, despesas com planos de ações e minoritários.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 865,2 milhões, expansão de 16,1%, em função do aumento do número de apartamentos vendidos e também do crescimento do preço médio por unidade. A provisão para perdas com créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 23,5 milhões, recuo de 43%.

“Foi um trimestre de resultados limpos e muito bons. Estamos bem animados com o ano”, afirmou o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Luiz Mauricio Garcia. Ele reiterou que o ambiente é muito favorável para atuação no Minha Casa Minha Vida, o que abriu espaço para o recorde de vendas de imóveis da construtora neste começo de ano. O preço médio das vendas foi de R$ 217,2 mil por apartamento, 3% acima do mesmo período do ano passado.

Por sua vez, a Alea passou de 10 obras em execução no começo do ano passado para 22 atualmente. Segundo Garcia, é natural que isso implique em desafios para a operação, com alguma perda temporária de eficiência, o que será recuperado ao longo do ano.

Garcia descartou alterações nas metas de Alea, que incluem lucro de R$ 20 milhões em 2025 e margem bruta entre 20% e 24%. “A Alea tem alavancas potenciais com o amadurecimento das operações. É prematuro falar em mudar guidance. Temos a maior parte do ano pela frente”, disse.

As despesas operacionais consolidadas foram de R$ 160,9 milhões no primeiro trimestre, aumento de 35,3%. Isso foi puxado pelas despesas gerais e administrativas, que foram de R$ 66,3 milhões, alta de 22,2%, influenciada por pagamento de benefícios e provisão de bônus, e pelo crescimento da Alea.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 32,4 milhões, recuo de 13,5% na comparação anual.

O grupo reportou queima de caixa total de R$ 37,5 milhões, afetada por mudança de regras para repasses na Caixa Econômica Federal e por atraso no repasse de imóveis vendidos em programas habitacionais do Ceará e do Rio Grande do Sul. Sem esses efeitos, haveria uma geração de caixa de R$ 50,5 milhões.

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