A JHSF, holding de negócios de luxo, teve lucro líquido consolidado de R$ 140 milhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 20,9% em relação ao mesmo período de 2023.
O desempenho foi puxado pelo lucro do segmento de shoppings (R$ 156,3 milhões). O segmento teve um ganho de natureza contábil por conta da apreciação das propriedades para investimento (PPI). Esta linha gerou um ganho de R$ 191,8 milhões, 93% maior na mesma base de comparação anual.
Nas outras linhas de negócios da JHSF, houve lucro com incorporação imobiliária (R$ 35 milhões) e aeroporto (R$ 15,1 milhões). Na contramão, houve prejuízo em hospitalidade e gastronomia (R$ 4,3 milhões), locação de residências (R$ 600 mil), varejo (R$ 12 milhões) e na holding (R$ 40,9 milhões).
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado somou R$ 308,5 milhões, crescimento de 31,2% na mesma base de comparação anual.
O Ebitda consolidado no critério ajustado (sem o efeito da apreciação da PPI) foi de R$ 148,8 milhões, queda de 14,2%. A margem Ebitda ajustado chegou 39,9%, baixa de 4,4 pontos porcentuais.
A receita líquida consolidada totalizou R$ 373,3 milhões, retração de 4,6%, devido, principalmente, à queda no faturamento com a atividade de incorporação, onde a companhia tem sido mais conservadora no lançamento de novos projetos.
As despesas operacionais consolidadas foram de R$ 88,9 milhões, encolhimento de 8%. As despesas com vendas diminuíram 17%, para R$ 12 milhões, enquanto as despesas administrativas subiram 33,7%, para R$ 86,3 milhões. A companhia reportou ganho de R$ 9,4 milhões na linha de ‘outras receitas operacionais’.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) consolidado gerou uma despesa de R$ 88,3 milhões, que foi 48,6% maior na comparação anual.
A linha de impostos de renda e CSLL ficou R$ 62,8 milhões, alta de 38,2%. Assim, a margem líquida no trimestre atingiu 37,5%, um salto de 7,9 pontos porcentuais.
A JHSF fechou o trimestre com dívida líquida de R$ 1,2 bilhão e uma alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) de 1,73 vez.