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Seguradoras e Corretoras

Porto teve 2º trimestre melhor que o esperado, diz BTG Pactual

Banco elevou o preço-alvo para a ação da empresa de R$ 33 para R$ 39

Porto é negociada a uma relação entre preço e lucro "modesta", diz BTG

Após um segundo trimestre acima do esperado e perspectivas de crescimento à frente, o BTG Pactual afirma ter uma visão positiva para a Porto. O banco elevou o preço-alvo para a ação da empresa de R$ 33 para R$ 39, o que representa um potencial de valorização de 18,1% sobre o último fechamento do papel.

“Para os próximos trimestres, com a taxa Selic média mais elevada, concorrência ainda racional no curto prazo e crescimento constante em outros negócios, acreditamos que o segundo semestre será mais forte que o primeiro”, afirmam os analistas Thiago Paura, Eduardo Rosman e Ricardo Buchpiguel em relatório, após conversa com o CEO, Rivaldo Leite, classificada como ‘ótima’ pelo banco.

Eles acrescentam que, depois de incorporar os números do segundo trimestre a seu modelo, esperam R$ 2,63 bilhões em lucro em 2024 e R$ 2,7 bilhões em 2025, 6,5% e 6% à frente das estimativas, respectivamente, o que significa que a Porto ainda é negociada a uma relação entre preço e lucro “modesta” de 8,2 vezes em 2024 e 7,9 vezes em 2025, “múltiplos atraentes considerando sua natureza ‘defensiva’ e impulso melhorado”, escrevem.

“Embora tenhamos afirmado consistentemente que BB Seguridade é nossa ação preferencial no setor de seguros, após os resultados do segundo trimestre e a reunião de ontem, e com todos os resultados negativos dos impactos do Rio Grande do Sul já contabilizados, vemos uma perspectiva um pouco mais positiva para a Porto adiante, levando-nos a reiterar nossa recomendação de compra”, finaliza o banco.

2º trimestre

A Porto encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 584 milhões, queda de 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado da companhia, uma das maiores seguradoras do País, foi afetado pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que atingiram parte dos clientes com seguros em linhas como automóvel e residencial.

O efeito das enchentes para o lucro foi de R$ 87,2 milhões, de acordo com a companhia. Além disso, a Porto também contabilizou impacto negativo de R$ 19,4 milhões devido à rolagem de títulos de renda fixa da carteira de investimentos. Sem estes fatores, o lucro do trimestre teria sido de R$ 690,6 milhões, crescimento de 2,1% em um ano.

O resultado financeiro da empresa foi de R$ 167 milhões no período, uma queda de 48,3% no comparativo anual. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) da companhia foi de 18,5%, contra 25,8% no mesmo intervalo de 2023. Os impactos das enchentes e da rolagem dos títulos explicam o resultado.

A receita total, que considera todas as áreas de operação do Grupo Porto, subiu 13,6% no segundo trimestre, para R$ 9 bilhões no segundo trimestre deste ano. O número foi impulsionado pelas operações em saúde e serviços financeiros, além da Porto Serviço, mais nova unidade da Porto.

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