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Setor aéreo

Azul registra prejuízo de R$ 3,8 bi no 2ºtri2024

Empresa reverteu lucro de R$ 497,9 milhões registrado no 2ºtri2023

Resultado reflete o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul na operação (foto: Adobe Stock)

A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 3,865 bilhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 497,9 milhões no mesmo período de 2023. No critério ajustado, o prejuízo somou R$ 744,4 milhões, 31,3% pior do que a cifra também negativa de um ano antes.

Já o resultado operacional caiu 25,5% na mesma base comparativa, para R$ 441,2 milhões. O Ebitda, por sua vez, atingiu R$ 1,052 bilhão, recuo anual de 9%. Com isso, a margem Ebitda ficou em 25,2%, 1,9 ponto porcentual menor do que no segundo trimestre de 2023.

A receita líquida total totalizou R$ 4,172 bilhões, 2,3% abaixo do mesmo período do ano passado. O resultado reflete, principalmente, o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul na operação e a redução temporária de capacidade internacional, que caiu 8,0% ano contra ano, segundo o release de resultados.

“Sem esses impactos, estimamos que nossas receitas líquidas teriam ficado acima do segundo trimestre de 2023”, diz a companhia.

Perspectivas

A Azul também divulgou uma atualização das suas perspectivas para 2024, com previsão de alcançar um Ebitda acima de R$ 6 bilhões no ano, inferior à projeção anterior de R$ 6,5 bilhões, principalmente devido à redução no crescimento da capacidade.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que reduziu a previsão para o número de assentos-quilômetros oferecido (ASK, na sigla em inglês) para alta de 7% em 2024, ante previsão anterior de crescimento de 11%.

Segundo a companhia, o ajuste no crescimento ano contra ano se deve principalmente à redução da capacidade em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul em maio e o fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, com reabertura parcial prevista para outubro; à redução temporária da capacidade internacional no primeiro semestre do ano; e atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves.

A estimativa de alavancagem, por sua vez, saltou para 4,2 vezes ante 3 vezes prevista anteriormente, resultado do Ebitda atualizado além da desvalorização do real frente ao dólar norte-americano, que impacta dívidas em dólar.

A aérea informa ainda que desenvolveu e iniciou a implementação de um plano, denominado “Eleva”, com múltiplas oportunidades de aumento de receita e redução de custos, com meta de mais de R$ 1 bilhão em valor incremental.

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