A Vamos registrou lucro líquido consolidado de R$ 183 milhões no primeiro trimestre de 2024, crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período de 2023. A empresa atribui o resultado principalmente ao segmento de locação.
“Foi um resultado puro sangue, 100% operacional, puxado pelo segmento de locação e sem efeitos extraordinários”, afirma o CEO da Vamos, Gustavo Couto, em entrevista ao Broadcast. O executivo destaca que, ao desconsiderar créditos tributários do primeiro trimestre de 2023, a alta do lucro líquido consolidado chegaria a quase 20%.
O Ebitda consolidado da empresa subiu 24,4% entre janeiro e março na comparação anual, para R$ 819,8 milhões. Já o lucro Operacional (Ebit) registrou alta de 18,3%, atingindo R$ 640,9 milhões no trimestre.
Já a receita líquida consolidada atingiu R$ 1,726 bilhão no primeiro trimestre de 2024, 2,6% maior que o apurado um ano antes.
Locação
A cifra consolidada foi puxada pela receita líquida do segmento de locação que ficou em R$ 979,3 milhões, alta de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda, por sua vez, totalizou R$ 793,2 milhões, crescimento de 40,6% na mesma base comparativa.
No segmento de seminovos, a receita líquida cresceu 56,0% em relação ao primeiro trimestre de 2023, totalizando R$ 150,3 milhões, com margem bruta de 23,4% na venda dos ativos (25,7% para caminhões e cavalos mecânicos).
Couto ressalta que o capex implantado em locação atingiu recorde de R$ 1,8 bilhão entre janeiro e março, 36,2% superior ao volume do primeiro trimestre de 2023. “Começamos o ano com pé direito, trazendo bastante receita com esses investimentos, que devem continuar a dar resultados ao longo dos próximos meses”, diz.
O CEO afirma que não é possível e nem é a intenção da empresa seguir com volumes tão fortes de capex. No entanto, a Vamos segue com um plano de crescimento ainda agressivo.
Com os investimentos concentrados no início do ano, Couto vê espaço para a companhia iniciar um ciclo de desalavancagem no segundo semestre deste ano. A Vamos encerrou o primeiro trimestre alavancagem, medida pela dívida líquida/Ebitda, de 3,44 vezes ante 3,3 vezes no último trimestre de 2023 após os fortes investimentos.
Concessionárias
Mais pressionado, o segmento de concessionárias fechou março com receita líquida de R$ 670,8 milhões, redução anual de 15%. Por outro lado, houve crescimento de 38% quando comparado ao trimestre imediatamente anterior.
“Em concessionárias, o resultado ainda está aquém do que pode ser, principalmente no agronegócio, mas vemos uma retomada gradual do segmento”, disse o CEO da Vamos.
Segundo a companhia, a performance favorável das concessionárias de caminhões e linha amarela somada às medidas de adequação já refletem na melhora do capital de giro.