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Comunicação e Informática

Helbor segue focada na geração de caixa em 2024

Incorporadora registrou lucro de R$ 51 milhões no 4ºtri2023

Roya Perdizes, empreendimento da incorporadora Helbor (foto: divulgação)

A Helbor, incorporadora de empreendimentos de padrão médio-alto a luxo, deverá fazer lançamentos pontuais e seguirá focada em vender seu estoque de empreendimentos para gerar caixa em 2024, afirmou Leonardo Piloto, diretor financeiro e de Relações com Investidores (RI) da Helbor.

“A gente veio reduzindo o volume de lançamentos para ficar focado 100% na venda de estoque. Então, a gente começou o ano passado falando de venda de estoque e a gente terminou o ano falando de venda de estoque”, disse o executivo da Helbor. “Mas, o mais importante é, que praticamente 80% de tudo que a gente vendeu ao longo de 2023, foi estoque”, acrescentou.

Segundo o diretor Financeiro e de RI da Helbor, o estoque da empresa gira em torno de R$ 1,7 bilhão. Piloto diz que considera esse “valor um pouco alto”. Por outro lado, a companhia avalia o estoque elevado de forma positiva. “É uma boa notícia, porque se a gente tem bastante estoque para vender, eu posso gerar caixa com essa venda.”

O executivo explica que são empreendimentos que ou estão prontos ou vão ficar prontos no curto prazo. “Essas vendas vão me ajudar a gerar caixa e a reduzir meu endividamento”, destacou Piloto.

Lançamentos

Apesar do foco na geração de caixa, o diretor de RI da Helbor afirmou que a empresa deve fazer lançamentos pontuais em 2024, assim como aconteceu no ano passado. “Não fizemos lançamentos do mesmo tamanho que fazíamos antigamente. Mas lançamos R$ 730 milhões (em empreendimentos)”, ressaltou o executivo.

Piloto pontua ainda que o perfil dos empreendimentos mudou nos últimos anos, impactando a estratégia da empresa. “A gente continua lançando sim, não com o mesmo ritmo que a gente tinha no passado. O mais importante é que, ao contrário de anos anteriores, a gente está focado absolutamente no mercado residencial de renda média-alta para cima”, disse o executivo.

Segundo o diretor de RI da Helbor, a companhia tem um dos maiores land banks (estoque de terreno) do setor, com R$ 7,7 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) bruto. “Então se eu estou falando que eu estou lançando R$ 800 milhões , R$ 1 bilhão por ano, eu tenho mais de 6 anos de land bank já comprado. Então, falando de futuro, acho que a gente está muito bem posicionado, com bons terrenos em São Paulo e na Grande São Paulo.”

Resultados

No quarto trimestre de 2023, a Helbor registrou lucro líquido de R$ 51 milhões. No ano, a receita operacional da companhia cresceu 41% na comparação com o ano de 2022, passando de R$ 906 milhões para R$ 1,3 bilhão.

Já as vendas contratadas (parte Helbor) aumentaram 9% no mesmo período passando de R$ 872 milhões em 2022 para R$ 950 milhões.

A venda de estoques é apontada pela empresa como o principal fator da geração de caixa positivo, a primeira após 8 trimestres consecutivos de consumo de caixa. A velocidade de venda, medida pelo índice de venda sobre oferta (VSO) no ano passado ficou em 35,8%, frente a 32,3% em 2022.

Com endividamento bruto de R$ 1,923 milhões em 2023, ante R$ 1,816 milhões em 2022, a Helbor anunciou na última quarta-feira a captação de R$ 250 milhões, com vencimento em 5 anos e meio, para alongar o prazo da dívida.

Com a medida, mais a venda de estoques e a conclusão das obras dos 14 empreendimentos neste ano, a companhia pretende manter a geração de caixa.

“Teremos um ano de entregas de 14 projetos que juntamente com o alongamento do prazo da dívida e com a venda tática de alguns ativos, a companhia vai melhorar sua alavancagem financeira”, afirmou Piloto.

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