A Itaúsa, maior holding de investimentos de capital aberto do país, registrou lucro líquido recorrente de R$ 14,1 bilhões, o maior da sua série histórica, crescimento de 3% na comparação com o ano anterior.
Se removidos os efeitos de alienações da XP Inc. em 2023 e 2022, o lucro líquido recorrente cresceu aproximadamente 9% no mesmo período, atingindo a marca de R$ 12,3 bilhões.
O resultado recorrente proveniente das empresas investidas foi de R$ 13,5 bilhões, aumento de 6% sobre o ano anterior, com destaque para o desempenho de Itaú Unibanco, Grupo CCR, Copa Energia e Aegea.
O ano de 2023 foi marcado por melhora das expectativas macroeconômicas, com revisões positivas do crescimento da atividade econômica, início do ciclo de redução da taxa básica de juros e desaceleração da inflação.
Os recursos provenientes do desinvestimento das ações da XP, concluído em dezembro do ano passado, foram importantes para contribuir com a estratégia de desalavancagem da companhia e reforço do nível de liquidez da holding.
Com isso, a dívida bruta da companhia reduziu em 41% quando comparado a dezembro de 2022, com aumento do prazo médio da dívida de 4,6 anos para 6,5 anos, além de zerar o pagamento de principal de dívidas até 2027.
“2023 foi mais um ano de resultados consistentes, reforçando o nosso compromisso com uma posição confortável de liquidez e de endividamento. Esse esforço foi reconhecido pelas três principais agências de classificação de risco de crédito, que atribuíam à Itaúsa a nota máxima (AAA) em suas avaliações”, explica Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa.
Investidas
Entre as investidas, o Itaú Unibanco apresentou resultados consistentes, com índices de rentabilidade sustentáveis, crescimento da carteira de crédito, que atingiu 1,2 trilhão em dezembro de 2023, além de indicadores de atraso em queda e índice de eficiência no melhor patamar histórico.
Nos segmentos de energia e infraestrutura, destaque para o Grupo CCR que, novamente apresentou crescimento das operações nos seus três segmentos de atuação, e para Aegea, que reportou melhor resultado operacional e lucro líquido, principalmente em função do maior volume faturado a partir da consolidação das operações da Corsan.
Alpargatas e Dexco continuam enfrentando os desafios do ambiente macroeconômico e a perspectiva é de uma retomada gradual a partir de 2024.
Já a Copa Energia registrou crescimento de Ebitda e lucro em função, principalmente, da implementação de estratégia comercial e pela otimização de custos, como reflexo das sinergias capturadas na integração dos negócios da Copagaz e Liquigás.
“Construímos nosso portfólio com visão de longo prazo, sustentabilidade e disciplina na alocação de capital, a fim de criar valor de maneira perene aos acionistas e à sociedade, por meio do fortalecimento das empresas investidas a partir da influência significativa em suas decisões estratégicas e financeiras”, conclui Alfredo Setubal.
Pagamento de proventos
Em fevereiro de 2024, a Itaúsa declarou R$3,1 bilhões em dividendos adicionais, totalizando proventos líquidos relativos a 2023 de R$ 8,0 bilhões (ou R$ 0,78/ação), que representam aumento de 100% em relação aos valores declarados e pagos em 2022, totalizando payout de 62% e dividend yield de 8,4%.
Além disso, nesta data foram declarados R$ 723 milhões em Juros sobre Capital
Próprio antecipados do exercício de 2024 (montante líquido R$ 614 milhões ou R$0,0595 por ação), considerando a posição acionária do fechamento de 21.03.2024 e o pagamento aos acionistas ocorrerá até 30.08.2024.