A Boa Safra, produtora brasileira de sementes de soja, registrou lucro líquido de R$ 145,93 milhões no quarto trimestre de 2023, aumento de 62,74% em relação ao mesmo período de 2022.
Já a receita operacional líquida no período foi de R$ 841,08 milhões (aumento de 21,88%), enquanto o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 123,48 milhões, aumento de 9,62%.
Os dados foram divulgados juntamente com o balanço anual consolidado de 2023.
Os bons resultados refletem a sazonalidade, explicou o diretor financeiro da Boa Safra, Felipe Marques, em entrevista ao Broadcast Agro. “Foi um ano em que houve uma concentração maior no quarto trimestre em relação ao terceiro, pois a janela de plantio acabou invadindo o último trimestre do ano”, disse.
Segundo o executivo, os últimos trimestres de 2022 e de 2023 não são “comparáveis” em função do deslocamento do plantio.
Apesar do ano atípico para os produtores brasileiros, marcado pela cautela na aquisição de insumos em função das adversidades climáticas, os resultados de 2023 foram recordes.
No ano, a Boa Safra registrou um lucro líquido ajustado de R$ 245 milhões, 45% acima de 2022. O Ebitda ajustado de 2023 foi de R$ 258,7 milhões, aumento de 33%, com margem Ebitda ajustada de 12,4%.
“Estamos encerrando o melhor ano da nossa história”, comemorou o CEO da Boa Safra, Marino Colpo. “Isso foi conquistado em um ano de dificuldades. Estamos animados para este ano”.
Marques destaca ainda o aumento com os lançamentos de novas culturas, que saltaram de 2% de participação em 2022 para 6% em 2023. “Isso mostra a força da nossa marca”, disse.
De acordo com o executivo, a Boa Safra aumentou seu market share de 7,4% em 2022 para 8,5% em 2023 com a ampliação da capacidade produtiva, que passou de 170 mil big bags de 1.000 kg cada em 2022 para 200 mil big bags em 2023. Ao todo, em 2023 a carteira de pedidos registrou uma receita líquida recorde de R$ 2 bilhões, 17% acima do registrado em 2022.
