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Construção Civil

Dexco busca retorno dos investimentos para crescer

Em 2023, a empresa teve paralisações temporárias de fábricas

Fábrica da Deca, divisão da Dexco, em Jundiaí (foto: divulgação)

A Dexco, empresa que detém as marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, voltadas ao mercado de material de construção, decoração e reforma, vai focar na execução de sua estratégia e na rentabilização dos investimentos feitos nos últimos anos para retomar o crescimento em 2024.

Em 2023, a empresa teve que revisar sua estratégia, com paralisações temporárias de fábricas na Divisão de Metais e Louças e na Divisão de Acabamentos para redução de estoques e reposicionamento de preço. Por outro lado, contou com melhora no resultado da Divisão de Painéis de Madeira, com diluição de custos, além de negócios florestais.

“No final de 2023, presenciamos o início da queda da taxa de juros no país, contudo, o Brasil continua com o 2º maior juro real do mundo. Essa queda lenta e gradativa ainda não foi suficiente para beneficiar o setor de materiais para construção, diretamente impactado pelos juros”, disse Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco.

Segundo o executivo, o mercado de painéis de madeira apresentou melhora e o segmento de acabamentos, uma redução da tração de queda. “Em suma, o período foi importante para deixarmos a empresa mais preparada para um novo cenário de mercado, após o momento super acelerado da pandemia. Estamos com uma estrutura mais resiliente para os próximos passos”, explica Oliveira.

A expectativa da Dexco para este ano está na rentabilização dos investimentos feitos nos últimos anos. Em 2023, foram investidos R$ 632 milhões em projetos estratégicos, dando continuidade ao ciclo iniciado em 2021.

Deste valor foram aportados R$ 300 milhões para a construção da nova unidade de revestimentos cerâmicos em Botucatu (SP); R$ 185 milhões para projetos que visam incrementar a produtividade, melhorar mix e aprimorar a automação na divisão de louças; R$ 94 milhões em startups do setor; além de R$ 53 milhões para melhoria do mix de painéis de madeira, desgargalamento fabril e expansão da base florestal.

“Esse é um ano bastante importante para a companhia, a gente capta o resultado de muitas coisas feitas em todas as nossas divisões, a maturação de investimentos, e a gente entrega projetos muito importantes em 2024. É um ano importante desse nosso plano de longo prazo, e a gente segue bastante focado em administrar essas pressões de curto prazo”, afirmou o CEO da Dexco.

Resultados

A Dexco registrou Ebitda ajustado e recorrente pro-forma de R$ 1,4 bilhão no ano de 2023, com margem Ebitda de 18,9%. Somado aos resultados do negócio de Celulose Solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture com a austríaca Lenzing, o Ebitda foi de R$ 2 bilhões no ano, crescimento de 4% na comparação com 2022.

A Receita Líquida foi de R$ 7,4 bilhões no consolidado do ano, queda de 13% na comparação com 2022. O lucro líquido recorrente proforma foi de R$ 649 milhões no ano de 2023, sendo R$ 278 milhões das operações da LD Celulose, queda de 21% na comparação com o ano anterior.

No quarto trimestre, a empresa apresentou um arrefecimento do ritmo de queda do mercado de materiais para a construção, e um ritmo de venda no setor de painéis consistente. A Dexco fechou os últimos três meses de 2023 com receita líquida de R$ 1,9 bilhão (+10,2% comparado ao 3T23 e -2% quando comparado ao 4T22).

O Ebitda ajustado e recorrente do quarto trimestre de 2023 foi de R$ 561 milhões, já incorporando os R$ 157 milhões de contribuição da LD Celulose. O Lucro Líquido do trimestre foi de R$ 168 milhões, já incorporando os R$ 90 milhões de contribuição da LD Celulose (-33% contra o 4T22).

Madeira

A divisão Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, apresentou Ebitda ajustado e recorrente de R$ 1,4 bilhão no consolidado do ano (+18% na comparação com 2022).

No quarto trimestre, o Ebitda foi de R$ 439 milhões, um novo recorde de Ebitda trimestral na divisão, com avanço sequencial de market share de painéis e negócios florestais otimizando a rentabilidade dos ativos.

Já a receita líquida foi de R$ 4,8 bilhões no ano, redução de 7% na comparação anual. No trimestre, a receita líquida foi de R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 3% em relação ao 4T22.

“Mesmo com os desafios setoriais no primeiro semestre de 2023, a empresa vivenciou uma recuperação no setor de painéis, e finalizou o ano com o melhor trimestre da história da divisão Madeira, com avanço sequencial em market share de painéis”, destacou Francisco Semeraro, CFO da Dexco.

“A estratégia de manter ótima capacidade da divisão, com altos níveis de ocupação fabril e negócios florestais, mais do que compensou os impactos de retração de mercado e ações estruturantes de Acabamentos”, acrescentou Semeraro.

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