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Plano de recuperação da Oi prevê venda de mais de R$ 15 bi em ativos

Empresa vai vender Oi Fibra, operação de banda larga, e participação na V.tal

Processo de venda da Oi Fibra já foi colocado em curso no fim de 2023 (foto: divulgação)

Em seu novo plano de recuperação judicial, a Oi pretende levantar mais de R$ 15 bilhões por meio da venda de ativos, contando com a operação de banda larga (Oi Fibra), a participação na V.tal (empresa de rede neutra), além de imóveis e outros bens.

A proposta de venda desses ativos está em linha com a estrutura da primeira versão do plano de recuperação da Oi, divulgado em maio do ano passado, mas tem atualizações importantes no tamanho das fatias a serem alienadas, bem como no valor dos ativos.

A Oi destinará o dinheiro da venda para amortizar antecipadamente o saldo remanescente do novo financiamento de US$ 650 milhões previsto neste novo plano de recuperação. O que sobrar será utilizado pela operadora para investimentos em suas próprias atividades.

A Oi Fibra é a unidade de negócios que tem 4 milhões de clientes de banda larga e que será segregada em uma unidade produtiva isolada chamada pelo jargão de ClientCo.

A versão atual do plano de recuperação prevê que a Oi receberá propostas fechadas para aquisição de 100% das ações emitidas pela ClientCo pelo preço mínimo de R$ 7,3 bilhões.

Na primeira versão, a Oi estimava obter algo em torno de R$ 4,8 bilhões por uma fatia de 40% na Oi Fibra, mas já era sabido que os valores poderiam mudar de acordo com as sondagens do interesse do mercado.

Primeiras propostas

A despeito das diferenças, o processo de venda da Oi Fibra já foi colocado em curso no fim de 2023 com a contratação dos bancos Citi e BTG Pactual para a sondagem de interessados.

O negócio atraiu interesse das outras grandes teles nacionais, bem como dos provedores regionais de internet, segundo fontes. Na próxima fase deste processo, a Oi vai receber as primeiras propostas não vinculantes e, numa segunda fase, avançar para as propostas vinculantes dos interessados mais bem qualificados.

Outro grande ativo à venda é a V.tal, empresa que detém a maior rede de fibra ótica do País e surgiu após a cisão da rede da Oi, em 2022. A Oi virou sócia minoritária, com uma fatia de 31,2%. O BTG Pactual, por meio de fundos, tem 68,8%.

O plano atual também prevê o recebimento de propostas fechadas para aquisição de 100% das ações de emissão da V.Tal de titularidade da Oi e de suas subsidiárias no momento da conclusão da referida operação, livres e desembaraçadas de qualquer ônus, no preço mínimo de R$ 8 bilhões.

No plano de recuperação apresentado em maio, a companhia projetou a venda de participação de 14,6% na V.tal, obtendo um total de R$ 14,4 bilhões.

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