O Itaú Unibanco registrou resultado recorrente de R$ 35,6 bilhões em 2023, alta de 15,7% em relação ao ano anterior, e retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) médio anualizado de 21,0%.
Entre os fatores que mais influenciaram o resultado estão o crescimento da carteira de crédito, a maior margem com passivos, além do impacto positivo da reprecificação do capital de giro próprio. Com isso, houve crescimento na margem financeira com clientes.
Também contribuiu para os resultados o aumento das receitas de prestação de serviços e seguros, em razão do maior faturamento na atividade de cartões, tanto em emissão quanto em adquirência, além da evolução positiva do resultado com seguros.
A carteira de crédito total cresceu 3,1% ante 2022, atingindo R$ 1.176,5 bilhões em dezembro de 2023. Na carteira de pessoas físicas, o aumento está relacionado ao crescimento de 13,7% em crédito pessoal, 6,8% em crédito imobiliário, mercado em que, ao longo desse período, o banco avançou na melhoria da jornada para os clientes, e 5,1% em veículos.
A carteira de pessoas jurídicas cresceu 0,5% em 12 meses, com movimentos importantes em crédito rural, imobiliário e BNDES e repasses. O índice de inadimplência acima de 90 dias (NPL 90) atingiu 2,8% em dezembro de 2023, menor valor dos últimos 5 trimestres. Essa redução ocorreu em razão da melhora do indicador no segmento de pessoas físicas no Brasil e reflete a gestão estratégica de riscos do banco.
O custo do crédito totalizou R$ 36,9 bilhões no ano de 2023, alta de 14,4% quando comparado a 2022, em razão principalmente da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa por conta do crescimento da carteira de crédito nos Negócios de Varejo no Brasil e da normalização do fluxo de provisionamento nos Negócios de Atacado também no país; do aumento de impairment de títulos privados; e do aumento de descontos concedidos.