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Agro

Setor de carne bovina da AL tem tendência positiva para 4ºTri2023

Segundo Citi, dados de exportação da carne bovina brasileira mostraram que os volumes aumentaram 7,7% no trimestre e os preços recuaram 0,2%

Citi prevê bons resultados para setor de carne bovina na América Latina em oposição ao quadro mais desafiador nos EUA (foto: Adobe Stock)

A tendência para o setor de carne bovina da América Latina no 4º trimestre de 2023 é, em geral, positiva, avaliou o Citi em relatório. O banco destacou que o Uruguai é o principal destaque na região, com expansão de 550 pontos-base nos spreads em relação ao trimestre anterior. Já no Brasil, apesar do ciclo pecuário positivo, se observou uma contração de 300 pontos-base, compensada pelos fortes volumes de exportação no período. “No geral, os dados apoiam a tendência positiva na região, em oposição às tendências desafiadoras observadas no gado dos Estados Unidos”, escreveram os analistas Renata Cabral e Tiago Harduim.

Segundo o banco, os dados de exportação do setor de carne bovina brasileira mostraram que os volumes aumentaram 7,7% no trimestre e os preços recuaram 0,2%, com os preços do gado subindo 4% em relação ao trimestre anterior. No Uruguai, as exportações cresceram 24% no trimestre, mas os preços caíram 4,9%, com queda de 11% no preço do gado. Para o Paraguai, as tendências do setor também são positivas, disse o Citi, apontando que os volumes de exportação caíram 6% ante o mês anterior e os preços subiram 6,2%. Já na Argentina, os spreads melhoraram mesmo com o recuo de 6,9% das exportações e de 7% dos preços.

Em relação aos frigoríficos brasileiros, o Citi reforçou que um “aumento suficiente” no tamanho do rebanho bovino do País nos últimos anos garantiu uma oferta atual de gado alimentado que deve ser suficiente para garantir fornecimento constante em 2024. “Esperamos que a indústria frigorífica mantenha a sua capacidade histórica de aumentar as margens de forma lucrativa, apesar da disponibilidade de gado em abundância, devido à natureza intermediária da indústria”, disseram os analistas.

A instituição financeira ressaltou, ainda, que mantém a perspectiva construtiva e a preferência pelas ações da JBS, com preços-alvo de R$ 29, devido ao perfil diversificado da empresa. Entre os principais fatores de riscos para o alcance do preço-alvo, o Citi apontou os preços do gado e dos grãos acima do esperado nos EUA e no Brasil, as necessidades de capital de giro acima do esperado relacionadas a novas aquisições, o efeito menor do que o esperado sobre os lucros decorrentes das flutuações na taxa de câmbio e os riscos sanitários (como gripe aviária, doença da vaca louca e Covid-19) no Brasil e nos EUA.

Para a Marfrig, o Citi estabeleceu o preço-alvo de R$ 12. Os riscos negativos para o preço são os preços do gado acima do esperado no Brasil e nos EUA e o câmbio abaixo do projetado, além dos riscos sanitários nos dois países ou nos principais mercados de exportação, disse o banco. Quanto à Minerva, o preço-alvo também foi estabelecido em R$ 12, com possíveis riscos envolvendo questões sanitárias, menor consumo em decorrência da desaceleração econômica, preços do gado acima do esperado e recuperação lenta do mercado interno como fatores de risco.

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