A XP avalia que a política do governo federal Nova Indústria Brasil – com financiamento de R$ 300 bilhões para a indústria nacional até 2026 – deve ser mais positiva para a WEG, mas também favorecer empresas de autopeças como Marcopolo, Randon e Tupy e a fabricante de pás usadas em geradores de energia eólica Aeris.
“Notamos implicações positivas (diretas ou indiretas) para as empresas da nossa coberturas. Para a WEG, vemos a empresa potencialmente se beneficiando de múltiplas iniciativas (ônibus elétricos, automação industrial, energia limpa), enquanto para empresas de Autopeças (como Marcopolo, Randon e Tupy) e Aeris vemos benefícios mais pontuais”, afirmam os analistas Lucas Laghi, Fernanda Urbano, e Guilherme Nippes, em relatório enviado a clientes.
Descarbonização
A XP pontua que parte dos recursos da Nova Indústria Brasil, anunciada na segunda-feira, 22, deve vir do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ser utilizada principalmente para fins de financiamento, bem como para créditos “não reembolsáveis” e compra de ações em empresas de capital aberto.
A corretora diz ainda que tendências como digitalização da indústria, descarbonização e mobilidade limpa devem ser diretamente favorecidas pelo plano de estímulos. “Nesse sentido, destacamos a meta de aumentar em 25 pontos porcentuais a participação da indústria brasileira na cadeia de ônibus elétricos; o objetivo de transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras, bem como os recursos não reembolsáveis para geração de energia renovável”, afirmam os analistas.