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Sustentabilidade

Projeto eólico ou solar da Petrobras deve sair ainda este ano

Os projetos de parques eólicos e solares em terra vão absorver US$ 5,5 bilhões dos US$ 100 bilhões totais previstos para o quinquênio da Petrobras

Primeiro parque eólico ou solar da Petrobras será o mais importante passo da companhia rumo à transição energética (foto: Adobe Stock)

O primeiro projeto de geração de energia eólica ou solar da Petrobras em terra deve sair ainda este ano, informou ao Broadcast o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Ele explicou que a aprovação dos projetos passa por várias etapas da governança da Petrobras, mas a expectativa é que ainda em 2024 saiam do papel. Já as eólicas offshore da companhia aguardam a aprovação de uma lei própria, mas a expectativa é de que o primeiro leilão ocorra no segundo semestre deste ano.

“O que vai mais rápido, onde está o grosso do investimento do nosso PE (Plano Estratégico 2024-2028) é em solar e eólica on shore”, disse após participar do seminário da Finep “Neoindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas”, realizado nesta terça-feira, 16, no Rio de Janeiro.

Os projetos de parques eólicos e solares em terra vão absorver US$ 5,5 bilhões dos US$ 100 bilhões totais previstos para o quinquênio da empresa, enquanto outro projeto, de captura de carbono (CCUS) em reservatórios, deve ficar com cerca de US$ 300 milhões.

 Captura de carbono

O primeiro projeto piloto de captura de carbono já tem local e volume definidos, informou o executivo. Estrategicamente localizado próximo à Unidade de Tratamento de Gás Natural de Cabiúnas, o hub de CCUS será implantado em Barra do Furado, no Norte Fluminense, com capacidade para 100 mil toneladas de CO2 por ano. Somente em 2023, a Petrobras capturou 10 milhões de toneladas de CO2 nas operações do pré-sal, informou.

“A gente está trabalhando para o piloto do hub entrar em operação em 2027. Vamos escoar o CO2 da unidade de processamento de gás de Cabiúnas para esse local, que tem o reservatório. A grande vantagem é que já tem um gasoduto que vai escoar esse CO2, mas claro que um hub de uma capacidade maior vai ter que ter gasoduto específico”, explicou Tolmasquim.

Segundo o diretor, o projeto piloto será fundamental para avaliar a economicidade do empreendimento, que deverá atrair também outras empresas. “Hoje a injeção do CO2 no pré-sal se paga, porque ajuda a melhorar a extração do petróleo, mas para fazer para outras indústrias, eles vão ter que cobrir esse custo” disse Tolmasquim.

Para ele, esse primeiro hub pode beneficiar as indústrias do Rio de Janeiro, “mas se o projeto der certo, a ideia é irradiar para outros estados do País”, informou. “Resolvendo essa questão técnica, abre um potencial pra gente realmente descarbonizar grande parte da nossa indústria”, afirmou, lembrando que a Europa já impõe taxas de acordo com a descarbonização de produtos importados.

 

 

 

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