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Saiba como empresas brasileiras que operam no Equador lidam com crise de segurança

Ambev, CCR e Vicunha estão entre as companhias nacionais que têm negócios no Equador

Operado pela CCR, Aeroporto Internacional de Quito conta com segurança reforçada desde o início da crise (foto: Divulgação/Quiport )

Enfrentando a mais grave crise de segurança pública de sua história, o Equador mantém uma tímida relação comercial com o Brasil. Dados da Apex Brasil apontam que, no ano passado, 905 empresas brasileiras exportaram para o país vizinho, somando um total de US$ 1,8 bilhão (cotação de hoje). Em termos  comparativos, esse volume representa 11% das exportações brasileiras para a Argentina, maior parceiro comercial brasileiro na América Latina. O comércio com os vizinhos do sul atingiu a marca de R$ 16,7 bilhões em 2023. Mas algumas empresas brasileiras viram boas oportunidades de negócio no convulsionado país vizinho.

Segundo informações do Setor de Promoção Comercial e do Agronegócio da Embaixada Brasileira em Quito ao Estadão RI, as três corporações com maior faturamento e investimento no Equador são Ambev, CCR e Vicunha. A Ambev tem uma das maiores operações no país andino. Em 2016, a fusão entre a cervejaria brasileira e a SABMiler resultou na incorporação da Cerveceria Nacional, que sozinha responde por 90% do mercado equatoriano de cervejas, hoje controlada pela AB Inbev, a holding internacional do grupo criada a partir da fusão da empresa brasileira com a belga Interbrew e a americana Anheuser-Busch. A CCR Aeroportos é uma das três acionistas da Quiport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Quito. Seus sócios no empreendimento são a Odinsa S.A. (Colômbia) e HASDevelopment Corporation (Estados Unidos). A Vicunha possui uma planta industrial no país, onde fabrica o denim, tecido matéria-prima do jeans, que posteriormente é enviado para o Brasil. 

CCR se pronuncia

Em nota ao Estadão RI, a CCR Aeroportos informou que a segurança no Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, em Quito, foi reforçada com apoio das Forças Armadas e da Polícia Nacional. A administração do aeroporto também contratou segurança privada para garantir a segurança dos usuários. Nenhum colaborador foi ferido e nenhuma instalação do terminal foi danificada, esclarece.  

“A empresa segue acompanhando com atenção os desdobramentos da situação, com foco em garantir a integridade dos passageiros e a continuidade das atividades aeroportuárias. A estratégia de longo prazo permanece a mesma para o negócio, visão esta que conseguiu elevar o Aeroporto de Quito ao status de um dos melhores da América Latina e que pretende expandir os números de passageiros, rotas aéreas e negócios aeroportuários do terminal nos próximos anos”, completa a nota.

Em resposta ao Estadão RI, a Vicunha afirma que “possui uma relação de longo prazo com o Equador e, nesse momento, monitora os acontecimentos com o objetivo de preservar a segurança de seus colaboradores e operações. A fábrica local opera normalmente até o momento”

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Ambev comunicou que as operações no Equador estão sob controle da AB Inbev, com sede em Nova York. 

O caos se instaurou no país com a fuga da cadeia do traficante Adolfo Macias Salazar o Fito, líder da facção Los Choneros. O Equador se encontra sob Estado de Conflito Armado Interno, decretado pelo presidente Daniel Noboa. Com isso, o Exército está nas ruas e grande parte do comércio e das indústrias está fechado por medida de segurança e preservação do patrimônio, além da integridade de funcionários e colaboradores. 

 

    

   

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